Correio de Carajás

Cadela Raika é o pesadelo dos traficantes de Parauapebas

Animal da Polícia Militar auxiliou apreensão de mais de 18 quilos de entorpecentes apenas em 2021 e já foi até ameaçado por criminosos

O cachorro é o melhor amigo do homem e, aparentemente, também é o melhor amigo da Polícia Militar de Parauapebas. Neste ano, já foram apreendidos mais de 18 quilos de entorpecentes, entre maconha, crack, cocaína e ecstasy, segundo o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Gledson Melo dos Santos, acrescentando que a cadela farejadora Raika é uma das grandes responsáveis por esta marca.

“[Raika] está ajudando muito a PM no combate ao tráfico de drogas, farejando o local da denúncia e nos permitindo fazer a prisão dos traficantes”, disse o comandante. Ele cita a prisão de um traficante no mês de março em Curionópolis, em que três quilos de crack foram apreendidos e onde Raika fui crucial para encontrar essa grande quantidade de entorpecentes.

Leia mais:

A atuação da patrulheira canina até rendeu ameaças contra a vida dela. “A cadela está assustando os traficantes e a gente está tendo um cuidado maior com a segurança dessa nova policial”, complementou o tenente. Gledson diz que Raika foi treinada e enviada para Parauapebas de fora do estado para auxiliar a força policial do município.

HOMICÍDIOS E FACÇÕES

O tenente-coronel também comentou sobre os recentes casos de homicídio na cidade e afirmou que a PM suspeita de correlação com facções, bem como as prisões por tráfico de drogas, também recorrentes em Parauapebas. Ele exaltou a Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas), que está “tendo bastante sucesso desde o fim do ano passado no combate ao tráfico na cidade”.

Tenente-coronel Gledson Melo destaca atuação de Raika contra a criminalidade/ Foto: Ronaldo Modesto

O comandante afirmou que 80% dos homicídios na cidade estão atados a conflitos entre facções. “Quando o tráfico está tendo estes prejuízos causados pela apreensão das drogas, alguém cobra e alguém é cobrado, gerando os homicídios”. Ele aponta para a irresponsabilidade de jovens, que são executados apenas por aderir a uma facção ou outra. (Juliano Corrêa – com informações de Ronaldo Modesto)