Correio de Carajás

Briga de faca pode ter motivado assassinato

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá pode estar bem perto de desvendar o assassinato de Edvaldo Alves Pereira, de 55 anos, que foi encontrado morto dentro da própria casa, no Bairro Araguaia (Nova Marabá), na manhã da última segunda-feira (10). Outra descoberta da polícia é que Edvaldo era foragido do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA) desde 2010.
De acordo com o que a equipe do delegado Ivan Pinto da Silva conseguiu apurar até o momento, Edvaldo teria se envolvido em uma briga de faca na noite de sábado (8), ocasião em que esfaqueou um desafeto. Vinte e quatro horas depois ele recebeu uma “visita” em sua casa para lhe cobrar a conta do esfaqueamento da noite anterior.
Com base na perícia realizada no corpo da vítima e no local do crime, o delegado Ivan Pinto da Silva confirmou que o crime foi praticado não apenas por um executor, mas por duas ou até mais pessoas, que trucidaram a vítima com tiros de revólver calibre 38 e também de pistola, além da utilização de uma arma branca (provavelmente um facão) com a qual os matadores fizeram um profundo corte na garganta da vítima e lhe deceparam a orelha esquerda.
“A gente trabalha com a linha de investigação de que essa briga que ele teve foi o motivo da morte. A gente pede a população que presenciou essa briga e sabe algo a respeito, que utilize o Disque Denúncia ou venha pessoalmente à Delegacia de Homicídios; é uma forma de contribuir com a segurança e retirar das ruas esses homicidas”, comenta o delegado.
Ainda de acordo com o delegado Ivan Silva, Edvaldo, que era conhecido como “Val”, cumpria pena por homicídio qualificado e roubado majorado, mas fugiu do CRAMA no dia 14 de julho de 2010 e passou todo esse tempo se escondendo das autoridades policiais e judiciárias. Inclusive, morava sozinho em uma casa de difícil acesso no Bairro Araguaia.
SOBRE O CRIME
Segundo o que a reportagem do Jornal CORREIO apurou até o momento, os assassinos invadiram a casa de “Val” ainda na noite de domingo (9), no momento em que chovia bastante e havia uma música alta tocando no som da cada dele.
O barulho da chuva e do som foram abafados pelos tiros que fizeram com que todos os vizinhos desligassem a as luzes e se recolhessem amedrontados. Somente pela manhã foi que a vizinhança saiu à rua e encontrou o corpo da vítima estirado na sala bem ao lado da porta, que estava aberta. Como a residência não tem muros, foi mais fácil encontrar o morto.
Devido à chuva que ainda persistia em cair durante a manhã de segunda-feira e também por causa da dificuldade de acesso ao local do crime, somente por volta das 10h30 é que o corpo de Edvaldo foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML). (Chagas Filho)