Correio de Carajás

Baleamento de três pessoas é mistério

Um morto e dois internados. Este foi o saldo de um ataque ainda mal explicado e registrado na noite do último sábado, dia 1º, na Folha 06, Nova Marabá, em Marabá. Alvejado a tiros, Adimar Januário da Silva, conhecido no bairro como Gordinho, morreu ainda no local, caído em um lote abandonado. Outros dois homens foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal de Marabá. A Polícia Civil preferiu não divulgar, por segurança, os nomes dos feridos.

De acordo com a delegada Raíssa Beleboni, titular do Departamento de Homicídios de Marabá, apesar de algumas pessoas serem ouvidas previamente ainda no local do crime, foi impossível até o momento entender a dinâmica dos fatos ocorridos naquela noite. Segundo ela, sabe-se que Adimar estava morando próximo do local onde foi assassinado.

O crime aconteceu próximo ao Lar dos Idosos “São Vicente de Paulo”, por volta das 20h30, horário de pouca movimentação de pedestres e veículos. Gordinho já havia sido preso, em 2014, por porte de drogas para consumo pessoal em Canaã dos Carajás. O Jornal Correio apurou junto ao Tribunal de Justiça de Estado do Pará que no ano passado, 2017, acabou absolvido pelo Poder Judiciário porque o processo prescreveu o prazo de dois anos para ser julgado.

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À Reportagem, a equipe da Polícia Militar que atendeu à ocorrência afirmou que a comunidade local pouco viu, porém comentou que muitas pessoas temiam Gordinho, considerado perigoso, apesar de não ter passagens criminais confirmadas em Marabá. “Era ele quem mandava na área, segundo populares aqui ele era traficante e as pessoas aqui tinham medo dele”, disse o cabo Melo.

Uma moradora local, Rosa Soares, contou que a vítima passava pouco tempo na comunidade, vivia saindo e voltando. Ela diz que estava já deitada e dormindo, após ter tomado um comprimido para dor de cabeça, quando acordou assustada pelos disparos de arma de fogo próximos da residência dela.

“Levantei assustada porque tem dois netos meus que gostam de ficar ali pra cima, brincando de noite. Aí já imaginei os tiros ou que fosse bombinha, mas tomei um susto. Me levantei e não vi mais nada. Não vi quem socorreu (os feridos) ou quem atirou. Nem se estavam em algum veículo”, disse, acrescentando estar amedrontada com a violência. “Agora tô com medo, com a cabeça doendo e imaginando como vou dormir, morrendo de medo, tenho medo”. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho e Chagas Filho)

SAIBA MAIS

A Polícia Civil pede a quem puder colaborar com as investigações, fornecendo informações sobre o ocorrido ou sobre as vítimas, que entre em contato com o Disque Denúncia Sudeste do Pará, pelo número (94) 3312-3350, pelo Whatsapp (94) 98198-3350 ou pelo aplicativo do serviço. O anonimato é garantido.