A Secretaria Municipal de Educação (Semed) está trabalhando para garantir o ensino-aprendizagem dos 54 mil alunos da rede municipal de ensino, que estão vivenciando um ano letivo diferenciado por conta da pandemia do novo coronavírus. Neste contexto, o ano letivo de 2020 deve se estender até 19 de março de 2021, tanto para a zona urbana, quanto para a zona rural, seguindo o modelo remoto emergencial, que em Marabá está organizado em duas modalidades: atividades não presenciais – desenvolvidas desde o mês de outubro – e aulas on-line, que começaram neste dia 1º de dezembro.
Fábio Rogério Gomes, diretor de Ensino Urbano da Semed, explica que desde a suspensão das aulas presenciais, em 19 de março, os professores da rede passaram a trabalhar remotamente na elaboração e produção de atividades não presenciais sob a orientação da Secretaria. O material produzido começou a ser entregue aos alunos em outubro, quando as aulas retornaram de forma remota.
“Os professores produziram quatro blocos de atividades não presenciais que encerram dia 10 de dezembro. No dia seguinte, 11, a rede de ensino inicia o quinto e sexto bloco de atividades não presenciais, que deverá se estender até o dia 31 de dezembro. Paralelamente a essas atividades não presenciais, as aulas no formato on-line também foram autorizadas pelo Conselho Municipal de Educação”, informa o diretor.
Leia mais:Segundo Fábio Rogério, as aulas on-line nas escolas municipais iniciam em 1º de dezembro. Na sexta-feira (27 de novembro), a Semed ofertou formação aos professores para instrumentalizá-los de como trabalhar com a plataforma própria, criada para esta modalidade de ensino emergencial. “E assim nós seguiremos com atividades não presenciais e aulas on-line até possivelmente ao mês de março. A Secretaria de Educação apresentou três propostas de calendário escolar, e os diretores apreciaram todas elas e escolheram uma. Essa proposta [escolhida] segue para o trâmite do Conselho Municipal de Educação, que deverá aprovar e homologar”, explicar Fábio.
Com essa organização, a Semed prevê para 6 de abril de 2021 o início do próximo ano letivo. No entanto, Fábio adverte que ainda não é possível assegurar quando, de fato, haverá o retorno das aulas presenciais. Em relação ao alcance do ensino remoto aos alunos, o diretor de ensino diz entender que é um desafio para todos e que a Semed, juntamente com as escolas, busca evitar a evasão escolar. O uso da tecnologia tem sido uma das principais ferramentas utilizadas pelos professores para manter contato com os alunos, seja por meio de telefones, aplicativos, plataformas ou redes sociais.
Outra forma utilizada, em parceria com a Fundação Vale, é o projeto “Territórios em Rede” que faz buscas ativas dos alunos. “As escolas enviam para a SEMED a relação nominal das crianças que não conseguiram contato. A gente passa os endereços dos familiares dessas crianças aos articuladores do programa, que vão pessoalmente em busca dos alunos e têm surtido efeito positivo desde então”, afirma o diretor de ensino.
Para o Departamento de Ensino Urbano da Semed, é importante que a sociedade esteja a par de todo o movimento articulado e desenvolvido para que os pais possam contribuir com a educação escolar dos filhos. “É preciso que os pais adquiram e fortaleçam a consciência de que a criança necessita estudar em casa. Que é essencial ter um horário de estudo para dar conta das suas atividades escolares. Os professores recebem essas atividades e avaliam o interesse da criança, se de fato recebeu a atividade. A ideia é criar um movimento que contribua para minorar os prejuízos na aprendizagem, já que esse movimento é novo para todo mundo”, finaliza.