Quando o Águia estreou profissionalmente em 1999, diante da Tuna-Luso, no Estádio Zinho Oliveira, eu estava lá na beira do campo, fazendo a cobertura jornalística para o jornal Correio do Tocantins (hoje jornal CORREIO). Nunca me esqueço daquele jogo: o Águia perdeu de 2×0, com dois tentos anotados por um certo Welber, que dali vestiria a camisa do Paysandu e depois do São Paulo (SP). Mas, mesmo com a derrota, eu vi que o Águia estava dentro de um cenário poderoso, era um estranho no ninho, tentando fazer frente aos três grandes. Sim! Eram três: Remo, Paysandu e Tuna.
Vi que seria difícil um time do interior ser campeão, pois a própria atmosfera dos jogos mostrava que os chamados grandes sempre estariam no topo. Mas era possível sonhar. Inclusive, naquele ano, o Castanhal terminou em terceiro, a Tuna em quarto; e Leão campeão com o Papão de vice.
De lá para cá, o Águia manteve uma trajetória regular. Teve belos times. A equipe de 2003 terminou em quarto; o time de 2008 bateu na trave, sendo vice-campeão, perdendo para o Remo. A diretoria manteve um bom trabalho e findou o ano seguinte em quarto novamente; e em 2010 ficou novamente no pódio, desta vez perdendo a final para o Paysandu.
Leia mais:De lá para cá, o Independente (Tucuruí) e o Cametá foram os únicos interioranos que venceram, enquanto a melhor pontuação do Águia foi um terceiro lugar em 2012. Depois disso, o Azulão de Marabá foi se afastando dos primeiros colocados.
Agora, mais uma vez, parece que existe algo diferente; até mesmo o discurso da diretoria carrega um tom de otimismo proativo, pois ao mirar o G-4 do Parazão, o objetivo é ousado e, ao mesmo tempo, coerente. É como se o Águia tentasse reconquistar seu lugar. O lema do time é “Estamos prontos!” A torcida tem o direito de sonhar com voos mais altos, afinal estamos falando de uma “Águia”. Vamos ver no que vai dar. (Chagas Filho)