Correio de Carajás

Alunos celebram volta às aulas na rede municipal de Marabá

Após um ano e oito meses sem aula, estudantes retornam e encontram ambiente acolhedor em quase 200 escolas de Marabá

Que aluno gosta de férias, todo mundo sabe. Mas loooonga demais, também, não dá certo. E o retorno às aulas foi celebrado pelos estudantes da rede municipal de ensino de Marabá, que retornaram às atividades letivas nesta segunda-feira, dia 13, um ano e oito meses depois da paralisação forçada, provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Na cidade e no campo, estudantes e professores se reencontraram, seguindo todos os protocolos de biossegurança recomendados pelas autoridades de saúde.

Em todas as escolas, estudantes cumprem protocolo antes de entrar em sala

A equipe da Secretaria Municipal de Educação percorreu várias escolas no primeiro dia de atividades para dar suporte aos gestores e educadores na recepção aos alunos.

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Marilza Leite, secretária de Educação, usou boa parte da manhã do primeiro dia de aulas para percorrer quatro escolas de bairros periféricos da cidade.

Foi às escolas José Alves, Maria Amélia, Ana Creuza e ao Núcleo de Educação Infantil Monteiro Lobato. Cumprimentou professores, interagiu com estudantes e desejou sucesso a todos nas atividades pedagógicas deste ano de 2021.

“Estamos entusiasmados com o retorno das aulas e ficamos felizes ao ver como professores prepararam tão bem o ambiente escolar para recepcionar seus alunos. Todos estão de parabéns”, destacou.

Valdivino Silva, o Divino, diretor da Escola José Alves de Carvalho, está há dois anos na gestão e explica que todos da equipe educacional decidiram, há vários dias, preparar uma recepção afetiva e calorosa para todos os estudantes. “Havia muita ansiedade, alegria e medo. Mas fomos preparando os espaços e vimos que era possível retornarmos com segurança”, destaca.

A escola conta com 33 profissionais em dois turnos, atendendo quase 500 alunos do 1º ao 5º ano. O interessante para o retorno foi nosso plano de ação, cumprindo protocolos de segurança e realizando atividades pedagógicas necessárias”, explica.

A professora Simone Marques, da escola Maria Amélia Soares Oliveira, classifica o primeiro dia de aulas – o retorno – como “muito bom. Foi bem produtivo, pois apareceu um número significativo de alunos, dentro do esperado e eles interagiram e reagiram bem a esse primeiro momento”, sintetiza.

Professora Simone Marques classifica o primeiro dia de aula como “muito bom e produtivo”.

Ela é professora há quatro anos e avalia que o principal desafio do final deste ano letivo é garantir a permanência e o ensino e aprendizagem de todos os seus alunos do 5º ano.

PAI TAMBÉM FESTEJA RETORNO

Júlio César Corrêa, pai da Júlia Gabriele de 10 anos, estudante do 5º ano, não teve dúvidas em autorizar o retorno da filha para a escola. Ficou atento às orientações e ao entrar no ambiente escolar pôde perceber o esforço dos servidores, para deixar a escola mais segura.

“Foi bom tanto pra mim quanto pra ela, que perguntava todos os dias quando iria voltar pra escola. Mesmo ela não tomando a vacina ainda,  eu autorizei o retorno porque esse método que a Semed tá tomando, acredito que vai ser bom, eu confio. O retorno era necessário, por causa do aprendizado. Eu observei os informativos, álcool em gel na entrada, medição de temperatura, as cadeiras todas marcadas, tenho fé que tudo vai dar certo”, afirma o comerciário.

Alunos também usam álcool gel ao entrar no ambiente escolar

O Núcleo de Educação Infantil (NEI) Maria da Conceição S. Pereira, no bairro Amapá, que atende 165 crianças de 3 a 5 anos, foi todo adaptado para recepção desses estudantes.

A coordenadora do NEI, Ednólia Silva Araújo, diz que antes do retorno aconteceram treinamentos para que tudo ocorresse da melhor forma. “Fizemos as adaptações necessárias na escola para que os alunos fossem recebidos cumprindo todos os protocolos de segurança. Os pais e alunos, também, foram orientados para que o nosso retorno fosse seguro.”

O sorriso estampado no rosto de quem estava com saudade da escola

A professora Maria Valdirene Souza, que leciona para crianças do Jardim I, de 4 anos, conta que o maior desafio nesse retorno é uma educação afetiva, mas sem contato físico. “As crianças, pelo tempo que passaram em casa, estão mais inquietas e dispersas. Será um desafio ensinar e retornar cumprindo com as normas de segurança, mas nos preparamos e estamos felizes por essa volta”, destaca.

(Ulisses Pompeu)