Correio de Carajás

Acampados da Fetraf fecham acessos da Vale

Integrantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) interditaram por volta de 13 horas de hoje, terça-feira (8), a estrada que dá acesso a Serra Pelada e ao Projeto Serra Leste, da mineradora Vale. Eles dizem que o protesto é contra a Vale, acusando a empresa de não ter cumprido um acordo firmado com eles para conseguir um área para que eles possam fazer um assentamento e produzir.

De acordo com os manifestantes, a área cedida pela empresa, às proximidades do projeto Serra Leste, não é boa para plantar e eles não querem ficar no local, onde estariam dois acampamentos, Bom Jesus e Terra Nossa, somando cerca de 700 famílias.

Segundo Paula Araújo Silva, uma das representantes dos acampados, eles estão no local há três meses aguardando pela decisão da Vale, que teria prometido uma área para eles em Canaã dos Carajás, Parauapebas ou Eldorado do Carajás. “Nós não aguentamos mais ficar aqui. Isso não é lugar de gente. Queremos terra para plantar”, protestava a mulher.

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De acordo com ela, uma comissão dos acampados está em Brasília tentando sentar com representantes da mineradora e com outras autoridades, na tentativa de revolver o problema deles. “Enquanto não tivermos uma resposta positiva da Vale sobre nossa situação, vamos manter a estrada bloqueada”, afirmou a acampada.

Os manifestantes estavam deixando os moradores de Serra Pelada e de fazendas da área passar. Eles só não permitiam a passagem de veículos de prestadoras de serviço da Vale ou da própria mineradora.

Ao mesmo tempo, cerca de 300 pessoas do mesmo movimento bloquearam a estrada que dá acesso a Mina Sossego. O local fica a aproximadamente 45 km do centro de Canaã dos Carajás. Os manifestantes interromperam o tráfego de veículos com pedaços de galhos, pneus e atearam fogo, reivindicando a legalização dos assentamentos instalados à margem da via bloqueada.

Os trabalhadores rurais dizem que são impedidos, pela mineradora, de usar a terra para produzir. Eles já estão assentados no local há quase dois anos e pedem uma solução para o impasse. O caso também será discutido na reunião, em Brasília.

VALE

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Vale encaminhou nota. Segue, na íntegra:

A Vale informa que manifestantes ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF), interditaram na tarde desta terça-feira (08/08) as estradas de Serra Pelada e a VS 45, que dão acesso às unidades da Vale (Serra Leste e Sossego) em Curionópolis e Canaã dos Carajás, respectivamente.

Com o bloqueio das vias, os manifestantes impedem a entrada e saída de ônibus que transportam empregados da Vale, além da circulação de veículos de prestadores de serviço, caracterizando o ilícito de obstrução de vias públicas, dentre outros a serem apurados pela autoridade policial.

Com o intuito de garantir o direito de ir e vir de seus empregados, a Vale irá adotar as medidas judiciais cabíveis, por não concordar com a forma arbitrária e ilegal de manifestação, que coloca em risco a integridade dos seus trabalhadores e retira o seu direito à livre circulação”. (Tina Santos)

 

Integrantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) interditaram por volta de 13 horas de hoje, terça-feira (8), a estrada que dá acesso a Serra Pelada e ao Projeto Serra Leste, da mineradora Vale. Eles dizem que o protesto é contra a Vale, acusando a empresa de não ter cumprido um acordo firmado com eles para conseguir um área para que eles possam fazer um assentamento e produzir.

De acordo com os manifestantes, a área cedida pela empresa, às proximidades do projeto Serra Leste, não é boa para plantar e eles não querem ficar no local, onde estariam dois acampamentos, Bom Jesus e Terra Nossa, somando cerca de 700 famílias.

Segundo Paula Araújo Silva, uma das representantes dos acampados, eles estão no local há três meses aguardando pela decisão da Vale, que teria prometido uma área para eles em Canaã dos Carajás, Parauapebas ou Eldorado do Carajás. “Nós não aguentamos mais ficar aqui. Isso não é lugar de gente. Queremos terra para plantar”, protestava a mulher.

De acordo com ela, uma comissão dos acampados está em Brasília tentando sentar com representantes da mineradora e com outras autoridades, na tentativa de revolver o problema deles. “Enquanto não tivermos uma resposta positiva da Vale sobre nossa situação, vamos manter a estrada bloqueada”, afirmou a acampada.

Os manifestantes estavam deixando os moradores de Serra Pelada e de fazendas da área passar. Eles só não permitiam a passagem de veículos de prestadoras de serviço da Vale ou da própria mineradora.

Ao mesmo tempo, cerca de 300 pessoas do mesmo movimento bloquearam a estrada que dá acesso a Mina Sossego. O local fica a aproximadamente 45 km do centro de Canaã dos Carajás. Os manifestantes interromperam o tráfego de veículos com pedaços de galhos, pneus e atearam fogo, reivindicando a legalização dos assentamentos instalados à margem da via bloqueada.

Os trabalhadores rurais dizem que são impedidos, pela mineradora, de usar a terra para produzir. Eles já estão assentados no local há quase dois anos e pedem uma solução para o impasse. O caso também será discutido na reunião, em Brasília.

VALE

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Vale encaminhou nota. Segue, na íntegra:

A Vale informa que manifestantes ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF), interditaram na tarde desta terça-feira (08/08) as estradas de Serra Pelada e a VS 45, que dão acesso às unidades da Vale (Serra Leste e Sossego) em Curionópolis e Canaã dos Carajás, respectivamente.

Com o bloqueio das vias, os manifestantes impedem a entrada e saída de ônibus que transportam empregados da Vale, além da circulação de veículos de prestadores de serviço, caracterizando o ilícito de obstrução de vias públicas, dentre outros a serem apurados pela autoridade policial.

Com o intuito de garantir o direito de ir e vir de seus empregados, a Vale irá adotar as medidas judiciais cabíveis, por não concordar com a forma arbitrária e ilegal de manifestação, que coloca em risco a integridade dos seus trabalhadores e retira o seu direito à livre circulação”. (Tina Santos)