Correio de Carajás

A melhor final, o melhor jogador!

Lá em 1986, foi quando eu assisti à primeira final de Copa do Mundo pra valer. A Argentina fazia um gol, a Alemanha empatava e a partida terminou em 3×2 com um baixinho camisa 10 da Argentina erguendo a taça. Domingo, o roteiro foi ainda mais emocionante; e no final, novamente, um baixinho camisa 10 da Argentina erguendo a taça.

Inequivocamente, essa final nos mostrou que ser campeão do mundo não é tarefa pra qualquer um. E acima de tudo não é tarefa para um só. A Seleção Argentina nem é essas coisas, mas foram minimamente organizados, tiveram muuuuito sangue no olho e um jogador extraclasse: Ele!

O outro time, porém, tinha um cara de 24 anos, que já é campeão do mundo e que fez “só” três gols na final. Já tinha tempo que ninguém fazia isso. Aliás, Mbappé foi só o segundo a conquistar o feito. O primeiro foi Geoff Hurst, no longínquo ano de 1966.

Leia mais:

Não há dúvidas de que essa foi “a final”, com direito a empates heroicos e a uma defesa monumental do goleiro da Argentina (E. Martínez). Talvez tenha sido a maior defesa de todas as copas.

E entre as curiosidades desse espetáculo, o jogador que cometeu o último pênalti, que deu à França a chance de empatar e levar a decisão para os pênaltis é o mesmo que efetua a última cobrança e deu o título para a Argentina: Gonzalo Montiel, que saiu do banco de reservas para a glória.

Lembrando que, antes disso, no gol de empate da França (um quase voleio de Mbappé), foi o camisa 10 da Argentina quem perdeu a bola e deixou seu time desarrumado na defesa. Olha o peso que Ele carregaria nas costas, caso perdesse a Copa.

Mas, falando nEle, vi muita gente dizendo que Ele merecia ganhar uma Copa; e eu dizia o contrário: a Copa era quem merecia ser vencida por Ele. Tirando a brincadeira com as palavras, nós, os amantes do futebol dEle, estávamos todos torcendo pela mesma coisa.

E antes que alguém diga que não devemos torcer para a Argentina porque os Hermanos são racistas, eu digo que no Brasil também está cheio de racista. Não podemos cair na armadilha das generalizações.

Sim, o futebol é mais que isso!

Sim, é uma paixão incontornável!

Inexplicável. Obrigado futebol! Obrigado, E.T.!

 

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.