Defesa pede a liberdade provisória dos policiais militares Arthur Sampaio Pinheiro Martins, Cosme Neto Sousa Medeiros, Sandro Daniel Mota Pantoja, e do civil Marcelo Silva Cardoso. Eles são acusados de homicídio, lesão corporal, formação de bando e associação criminosa, crimes que teriam ocorrido em Parauapebas. Eles permanecem no presídio desde a prisão do quarteto no ano passado.
O advogado de defesa do soldado Medeiros, Wilson Santana, disse ao Correio de Carajás que o pedido foi realizado durante audiência por videoconferência na tarde da terça-feira (27). A expectativa é que a resposta seja divulgada na próxima semana.
“Não há indícios suficientes de provas contundentes que venham dizer que todos os acusados são realmente culpados desse evento, desse suposto ato”, destaca o advogado, ao citar ainda que o testemunho “parece uma ficção, um filme, porque ninguém viu”.
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Consta no inquérito policial que no dia 10 de março de 2019, por volta das 22h, os indiciados mataram por motivo fútil e com emprego de tortura Lucas Sampaio de Oliveira, assim como tentaram matar Francisco José da Silva Cardoso, Isael de Oliveira Ferreira e Kayky dos Santos Santiago, no Bairro Montes Claros, em Parauapebas.
Ainda de acordo com o inquérito, as vítimas estariam no cemitério do Bairro Rio Verde “fumando maconha”, quando foram surpreendidas pelos quatro acusados, que “chegaram atirando em suas direções”.
As vítimas teriam corrido e pulado o muro dos fundos do cemitério, Francisco chegou a ser atingido por um disparo, mas conseguiu se esconder. Já os outros entraram em uma residência, mas teriam sido rendidos pelos acusados.
O documento cita que os suspeitos colocaram as vítimas em um carro vermelho e os levaram até uma estação de captação de água, local em que teriam torturado as vítimas. As investigações apontam que Medeiros teria sido o autor de dois disparos que vitimaram Lucas.
A prisão
A operação da Delegacia de Crimes Funcionais da Polícia Civil do Pará (Decrif), com o apoio da Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará, Corregedoria Regional da Polícia Militar, Corregedoria Regional da Polícia Civil e 20ª Seccional Urbana, cumpriram no dia 24 de julho do ano passado mandados de prisão e busca e apreensão contra quatro pessoas em Parauapebas.
Os três policiais estão presos no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves (CRECAN), que abriga agentes da segurança pública, localizado no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Já Marcelo Silva Cardoso está preso em Parauapebas. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)