Um dos pontos turísticos mais frequentados da região sudeste, a Serra das Andorinhas reabriu para visitação e lazer no primeiro final de semana de setembro, mas com várias mudanças.
A mais emblemática é a necessidade de agendamento para grupos de visitantes, principalmente os que vão de ônibus, porque a quantidade de pessoas nas cachoeiras Três Quedas foi reduzida para até 375 visitantes ao mesmo tempo.
Antes de prosseguir com outras informações, é imprescindível informar ao leitor que a Cachoeira Três Quedas, principal destino dos turistas na Serra das Andorinhas, está localizada em uma propriedade privada (fazenda), que por sua vez está dentro da chamada APA (Área de Proteção Ambiental) do Araguaia, que faz limite com o PESAM (Parque Estadual Serra das Andorinhas).
Leia mais:Segundo informou nesta segunda-feira, 7 de setembro, ao Correio, o gestor do Ideflor Bio em São Geraldo do Araguaia, onde a APA do Araguaia e o PESAM estão sediados, a fazenda onde está a Cachoeira Três Quedas foi adquirida por um novo proprietário, que já está fazendo investimentos no local e pretende instalar uma melhor infraestrutura, com construção de um hotel-pousada e restaurante qualificado. Por enquanto, melhorou a estrada de terra entre a rodovia BR-153 e o estacionamento, colocando placas de sinalização em vários pontos.
Para iniciar a construção do hotel-pousada, o novo proprietário, Gustavo da Nóbrega, está aguardando apenas os licenciamentos dos órgãos ambientais, para os quais já apresentou o projeto.
Outra medida adotada foi o aumento do valor da entrada por pessoa, que passou de R$ 10,00 para R$ 30,00, o que deve, naturalmente, selecionar e diminuir o fluxo de visitantes.
A partir de outubro próximo, deverá ficar pronto um site e será instalado um escritório da Cachoeira Três Quedas em Marabá, melhorando a relação com os visitantes, já que grande parte deles é oriunda de Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás, segundo Douglas Costa.
As limitações do número de visitantes na cachoeira foram definidas por meio de Resolução do Conselho Gestor da APA do Araguaia, mantendo medidas de controle e distanciamento para evitar transmissão do coronavírus. “Mesmo que venham poucas pessoas em um veículo particular, é bom agendar antes, porque pode ser que a lotação de um determinado dia ocorra com antecedência”, explica ele.
Questionado sobre o novo valor a ser cobrado, se não acaba afastando o público de São Geraldo do Araguaia, Douglas observa que a decisão é do empreendedor e que o público da cidade tem outras opções de lazer mais baratas. “A Serra das Andorinhas é grande. Ir para a Cachoeira da Quarta Queda não paga nada, porque está dentro do Parque Estadual e o acesso é gratuito. Claro, é preciso contratar guia para acompanhamento”, ressalva.
Por outro lado, o gestor do Ideflor observa que há orientação do Ministério Público Estadual para que o dono da fazenda onde está instalada a Cachoeira Três Quedas aceite meia entrada, além de cota para pessoas carentes da comunidade, como idosos e portadores de necessidades especiais. Crianças menores de 7 anos não pagam entrada.
Também estão abertas para visitação do público a cachoeira da Quarta Queda e a famosa Casa de Pedra. Mas, segundo Douglas, o acesso às cavernas está proibido ainda, já que se trata de um local fechado. Para ir apenas à Quarta Queda, o proprietário da Três Quedas cobra apenas estacionamento do veículo.
SERVIÇO:
Cachoeira Três Quedas (Serra das Andorinhas)
Agendamento pelo telefone: (94) 99158-0913
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PESAM ganhará Centro de Visitação de R$ 7 milhões
Douglas Costa, gestor do Ideflor Bio em São Geraldo do Araguaia, revela que a mineradora Vale, por meio de compensação ambiental, deverá investir algo em torno de R$ 7 milhões para no Parque Estadual Serra da Andorinhas, com o objetivo de melhorar as condições para monitoramento ambiental sob supervisão do Ideflor, construindo um Centro de Visitação.
Este espaço será erguido antes do portão de entrada para a Cachoeira Três Quedas, com acesso direto ao Parque Serra das Andorinhas. Segundo Douglas, os recursos para esta obra estão garantidos e contemplará construção de um auditório, praça de alimentação, alojamento para pesquisadores e estacionamento.
Além da infraestrutura, a mineradora também investirá em vigilância armada no parque, aquisição de veículo, tudo fruto de compensação ambiental. “A Vale deverá construir os espaços, possivelmente por meio de empresa terceirizada. A partir daí, teremos uma Brigada contra incêndios e guarda florestal”, comemora Douglas. (Ulisses Pompeu)