André William Silva do Nascimento, o Rana, foi preso nesta sexta-feira (26) acusado de envolvimento nas mortes de Isaque Santos Roldão, em 22 de março deste ano, e de Antônio Wesley Silva Pereira, em 30 de abril. Contra ele foram cumpridos dois mandados de prisão temporárias – com prazos de 30 dias – expedidos pelas 1ª e 2ª Vara Criminal de Parauapebas.
As investigações da Polícia Civil apontam que as mortes estão relacionadas às disputas entre facções. Isaque foi morto a tiros e facadas ao sair de casa logo após receber um telefonema. De acordo com as informações policiais, ele chegou a ser socorrido e levado com vida ao atendimento hospitalar, mas não revelou quem foi o responsável pelo ataque. Morreu pouco tempo depois em decorrência dos ferimentos.
Já Antônio Wesley estava empinando pipa no Bairro Liberdade I, em um local conhecido como Morro do Macaco, quando foi executado a tiros por um homem mascarado que o teria chamado pelo nome. A morte dele foi logo ligada à rivalidade entre facções, uma vez que era conhecido o vínculo dele com uma das denominações que agem na cidade.
Leia mais:Com o andar das investigações, a Polícia Civil chegou à identificação de Rana que já vinha sendo procurado há cerca de uma semana. Os policiais localizaram três endereços diferentes onde ele poderia estar escondido e montou cercos que resultaram na prisão dele nesta sexta.
Em depoimento prestado na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, o preso negou participação nos dois crimes. Ao Correio de Carajás, o advogado que o representa, Geovani Oliveira Gomes, afirma que há apenas indícios dos casos, sem provas concretas contra o cliente, destacando que André nega ter envolvimento nos crimes.
“Inclusive ele nem conhece as pessoas, esses rapazes. Agora a gente tem que acompanhar, porque as prisões são temporárias, e a gente vai estudar as medidas cabíveis, inclusive a possibilidade de estar fazendo revogação de prisão temporária perante o juiz, que analisando os depoimentos pode revogar”, declarou. (Luciana Marschall e Ronaldo Modesto)