O advogado Helder Igor Sousa Gonçalves passou momentos de terror ao ter a caminhonete roubada e ser levado como refém na noite de domingo (24), em Parauapebas. Ele foi deixado pelos assaltantes em uma região de matagal, fora da cidade. Os criminosos fugiram com o veículo.
A namorada da vítima, que não terá o nome divulgado por questão de segurança, conversou com o Portal Correio de Carajás na tarde desta segunda-feira (25), relatando o que houve desde o roubo do veículo até o momento em que o advogado foi encontrado.
Leia mais:“Ele encomendou uma pizza no Bairro União, era aproximadamente 21h20 ou 21h30, quando ele foi buscar a pizza. Enquanto ficava pronta, ele ficou mexendo no celular. Foi quando três homens o abordaram e entraram na caminhonete”, descreve a namorada. A vítima foi no banco de trás com um dos homens. Os outros dois assaltantes seguiram na frente. Dos três homens, um estava armado e todos usavam máscaras faciais, do modelo usado para combater a pandemia.
O advogado narrou para a namorada que durante percurso com os criminosos, pedia para libertá-lo e disse ser advogado, mas os criminosos responderam que isso não interessava a eles. Afirmaram, entretanto, que não iriam matá-lo e que o soltariam, porém não dentro da cidade.
Helder não sabe exatamente quanto tempo ficou em poder dos bandidos, já que eles retiraram o celular dele, mas acredita que entre quarenta minutos e uma hora. “Deixaram ele em uma estrada de chão, em uma região de matagal, uns dez a vinte quilômetros depois da Palmares II. Estava muito escuro, ele não conseguia ver nada, mas manteve a calma e foi caminhando até quando ouviu um barulho de música”, conta ela.
O advogado encontrou um bar e no local conseguiu um celular e ligou para o irmão. A forma como tudo aconteceu que o interesse dos criminosos era apenas o veículo. “Ele ouviu quando um deles falava com outra pessoa, passando informações da caminhonete”, disse a namorada. A pedido do advogado, os criminosos devolveram o notebook, exames pessoais e a carteira, depois de retirarem o dinheiro. (Theíza Cristhine)