Correio de Carajás

Parauapebas: Equipes farão testes rápidos de porta em porta

Nesta segunda-feira (25) teve início em Parauapebas pesquisa que pretende entrevistar a população e realizar testes rápidos numa ação da Prefeitura Municipal em parceria com a Vale. O objetivo é traçar o perfil epidemiológico da população que já pode ter sido exposta ao vírus, mesmo sem apresentar sintomas.

Conforme Ana Carla Tomaz, diretora interina de Vigilância em Saúde na Secretaria Municipal de Saúde, os bairros e residências foram selecionadas previamente de forma aleatória, por sorteio, e os pesquisadores, que são profissionais da saúde, têm a obrigação de identificar o vírus e orientar essa população.

“Em caso de sintomas leves procurar manter o isolamento domiciliar e em caso de sintomas mais graves procurar a rede de urgência”, explica, acrescentando que a prioridade é identificar a contaminação da população e manter as condutas de combate, no caso o isolamento. “Ele é importante e vai ser enfatizado durante as pesquisas”.

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O estudo deverá auxiliar a gestão municipal a dimensionar o atendimento da rede de saúde e fortalecer o combate à pandemia. Ao todo, 15 técnicos de enfermagem devidamente identificados com crachá irão aos endereços realizar teste rápido em todos que estiverem no domicílio.

“Eles estão de uniforme branco e crachá. Nos bairros que possuem estrutura de atendimento da Saúde da Família, os agentes comunitários também farão parte da ação para que a população sinta confiança nesse estudo e identifique os profissionais que estarão nesta ação”, afirma.

Ela destaca que a população vai optar por participar ou não assinando um termo de ciência e um termo de interesse neste estudo. O perfil epidemiológico atual, acrescenta, é traçado com base nos pacientes que procuraram a rede básica de atenção. O estudo funciona de forma paralela, buscando a população que não apresentou sintomas ou os apresentou de forma leve e não procurou atendimento.

A partir deste levantamento, podem aumentar os casos confirmados oficialmente, que hoje ultrapassam os 1.300.  A pesquisa será dividida em três ciclos, com intervalos de quatro semanas entre uma pesquisa e outra. “É importante a ajuda da população porque a partir do momento que a gente conseguir identificar a prevalência, ou seja, a incidência de casos, vai ser mais fácil combater e encerrar essa pandemia”, finaliza.  

O teste rápido é capaz de detectar se a pessoa desenvolveu anticorpos e estes sugerem que o contato com o vírus ocorreu, mesmo que a pessoa não tenha apresentado sintomas. Os resultados positivos não podem ser usados como evidência absoluta de coronavírus, mas são ferramenta importante para o auxílio na orientação para o isolamento e na definição das políticas públicas de atendimento. Os resultados dos testes rápidos saem em, no máximo, 15 minutos. (Luciana Marschall e Adersen Arantes)