Correio de Carajás

Com 2.107 casos, número de mortes por coronavírus chega a 130 em Marabá e Parauapebas

Na noite desta segunda-feira (25), as prefeituras de Marabá e Parauapebas e a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) atualizaram os dados sobre a pandemia do novo coronavírus. Até o momento, o quadro epidemiológico dos municípios aponta 130 mortes registradas na somatória, com 1.843 casos confirmados e 903 recuperados da covid-19. A situação no estado, em alternativa, é ainda mais preocupante, com a confirmação de 27.366 pessoas, sendo 2.431 perdas no total.

Nas últimas 24 horas, duas novas mortes foram registradas em Marabá, que agora indica 70 no total. O município passou o fim de semana sem vítimas reveladas. Parauapebas, por seu lado, não assinala perdas no período. A cidade acumula 60 no total desde a primeira divulgada, com mortalidade de 4,1%.

As novas vítimas fatais da covid-19 em Marabá são um homem de 53 anos e outro de 92. Eles possuíam histórico de hipertensão e diabetes, tendo sido o primeiro submetido a um procedimento anterior de transplante. O índice de letalidade está calculado em 10,5% no município.

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Atualizado na sexta-feira (22)

Na região do 11º Centro Regional de Saúde da Sespa, mais de 200 óbitos foram registrados desde o início da pandemia. Por outro lado, as prefeituras estão apostando em kits de medicação sem comprovação científica de eficácia para reabrir o comércio.

Em Marabá, na semana passada, uma ‘farmácia’ foi montada em um trailer da Polícia Militar para distribuir cerca de 12 mil kits de genéricos. De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Mônica Borchart, 800 conjuntos foram entregues no fim de semana.

“O trailer teve um saldo muito positivo no fim de semana. Nós iniciamos os trabalhos de forma tímida na sexta-feira, mas fechamos o domingo com 800 atendimentos. Os kits são entregues apenas com a apresentação do receituário médico”, enfatiza ela.

Ainda conforme Mônica, a prescrição tanto pode ser da rede pública quanto da particular, devendo a unidade de atendimento ou hospital emissor ter sede no município. “É importante observar que os receituários precisam ser de Marabá”, alerta a diretora.

Nos casos confirmados, Marabá, que apresenta 664 no total, teve o acréscimo de 148 testes positivos em um dia, número pouco superior ao de Parauapebas, cuja prefeitura revelou mais 116 pacientes diagnosticados com a doença em 24 horas, totalizando 1.443.

Segundo o boletim de Marabá, do total de infectados, 377 receberam alta, 41 permanecem internados, 161 estão em isolamento domiciliar e 15 se encontram em UTI. A prefeitura relata, ainda, oito casos em análise e 59 descartados.

Atualizado na sexta-feira (22)

Em Parauapebas, 566 venceram a doença, 74 seguem internados e 743 estão em confinamento residencial. Além disso, 1.157 casos foram descartados desde o início da pandemia (a maior quantidade até então) e 75 continuam sob investigação.

Via Twitter, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) comunicou que o Hospital de Campanha instalado no Carajás Centro de Convenções está atendendo 81 pacientes, sendo 23 em leitos de UTI. No total, 182 já foram assistidos e 70 receberam alta.

Situação do Pará

O Pará registrou 141 novas mortes por coronavírus em 24 horas nesta segunda-feira (25), e o número total subiu para 2.431 desde o início da pandemia. Ao todo, são 27.366 casos confirmados da doença no estado. O índice de letalidade é de 8,8%.

O mais recente boletim da Sespa aponta, ainda, 4.995 casos descartados, 48 em análise (a menor quantidade do mês) e 17.354 pacientes que se recuperaram da doença. Isso representa 63,4% do total de infectados.

Foto: Divulgação/Sespa

Achatamento da curva

A Sespa divulgou um estudo mostrando uma ‘tendência de redução’ do número de casos e mortes de covid-19 na Região Metropolitana de Belém, o qual embasou o retorno gradual das atividades proposto pelo governo.

Em consonância com o relatório técnico, a tendência de aumento de contágio ocorreu entre 16 e 20 de abril, e a de redução, entre 21 e 26 de abril. O período de maior risco de morte, por outro lado, ocorreu entre 28 de abril e 1º de maio.

Os números analisados no estudo são os oficiais divulgados pela pasta entre 18 de março e 22 de maio. Para estimativa de demandas hospitalares, foram utilizadas as taxas de ocupação de leitos da rede estadual, além de dados técnicos e científicos de Nova York, nos Estados Unidos, e Wuhan, na China.

Nas considerações finais, os pesquisadores afirmam que “outras variáveis não previstas podem influenciar nas projeções e no tempo de duração da pandemia”. Eles ponderam que o avanço da doença para o interior do estado e a taxa de isolamento social também podem afetar as previsões. (Vinícius Soares)