O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, desabou 10% logo na abertura desta segunda-feira (9), atingindo mínimas em mais de 1 ano, o que provocou a interrupção das negociações, em dia de pânico nos mercados globais após o tombo preços do petróleo adicionar mais um componente de turbulência, elevando os temores de uma recessão global.
Às 11h39, o Ibovespa caía 8,86%, a 89.311 pontos. Na mínima do dia chegou a 87.955 – menor patamar intradia desde 2 de janeiro de 2019, quando o índice chegou a 87.535 pontos.
Às 10h32, o índice registrou queda de 10,02%, recuando a 88.178 pontos, quando as negociações foram interrompidas por 30 minutos.
Leia mais:Entre os maiores tombos do dia, Via Varejo desabava 25% e Petrobras, 22%. Mais cedo, os papeis da estatal chegaram a cair quase 25%.
Pela regra da B3, quando a queda passa de 10% é acionado automaticamente o circuit breaker, mecanismo que interrompe as negociações de papeis por 30 minutos. A última vez que o mecanismo tinha sido acionado na bolsa brasileira foi no dia 18 de maio de 2017, em meio às denúncias do dono da JBS contra o presidente Michel Temer.
Já o dólar opera em alta nesta segunda, chegando a bater pela 1ª vez R$ 4,79.
Na sexta-fera, o Ibovespa fechou em queda de 4,14%, a 97.966 pontos – menor patamar de fechamento desde 27 de agosto, acumulando queda de 15,28% no ano.
Dia de pânicos nos mercados
Na Europa, as principais bolsas operam em queda em torno de 7%, acumulando perda em torno de 20% no mês de março.
Nos Estados Unidos, as negociações também foram suspensas em Wall Street por 15 minutos na abertura, depois que o S&P 500 desabou 7%.
Os preços do petróleo, que já estavam em trajetória de queda em meio ao avanço da epidemia do novo coronavírus, desabaram nesta segunda-feira (9) mais 30%, para perto de US$ 30, na maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991), atingindo mínimas que não eram registradas desde fevereiro de 2016.
Fracasso de acordo entre Opep e Rússia e guerra de preços
O tombo das bolsas e dos preços do petróleo veio após a decisão da Arábia Saudita de cortar o valor de venda do barril e indicar o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores, na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países da Opep e disse nesta segunda-feira que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.
Com o derretimento generalizado das bolsas, os mercados passaram a temer uma crise da economia real, à medida que a epidemia de coronavírus afeta as cadeias de produção de todo o planeta, obriga o cancelamento de voos e de eventos profissionais e provoca a queda do turismo.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda mundial de petróleo deve cair este ano, pela primeira vez desde 2009, devido à epidemia do novo coronavírus.
Fracasso de acordo entre Opep e Rússia e guerra de preços
O tombo das bolsas e dos preços do petróleo veio após a decisão da Arábia Saudita de cortar o valor de venda do barril e indicar o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores, na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países da Opep e disse nesta segunda-feira que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.
Com o derretimento generalizado das bolsas, os mercados passaram a temer uma crise da economia real, à medida que a epidemia de coronavírus afeta as cadeias de produção de todo o planeta, obriga o cancelamento de voos e de eventos profissionais e provoca a queda do turismo.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda mundial de petróleo deve cair este ano, pela primeira vez desde 2009, devido à epidemia do novo coronavírus.
(Fonte:G1)