Correio de Carajás

EDUCAÇÃO: Detentos do Crama ganham Sala de Leitura

As boas notícias começam a fluir do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes, em Marabá. Uma parceria entre a gestão atual da casa penal e a Secretaria Municipal de Educação permitiu a criação de uma sala de leitura para os detentos, inaugurada durante cerimônia realizada nesta sexta-feira, dia 30, com a participação de várias autoridades.

O secretário de Educação, Luciano Lopes Dias, elogiou a gestão do coronel reformado da Polícia Militar, Antônio Araújo, à frente do Crama, e observou que atos singelos como este modificam a vida das pessoas para melhor. “Não se pode falar em ressocialização sem atitude. Dizem que o presídio é uma universidade do crime, mas atitudes como esta contribuem para mudança de vida das pessoas aqui”.

Luciano Dias observou que ao começarem a ler livros, os internos do Crama vão conseguir transpor os muros da penitenciária de forma imaginária e tomarão gosto pelo estudo.

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Coordenadora do Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a professora doutora Eliane Machado disse que quando ajudou a criar o projeto Marabá Leitora, nunca imaginou que ele chegaria a um ambiente como a penitenciária. “Ele veio parar em um local onde as asas não podem ser usadas. A sala de leitura tem um resultado grandioso”, disse.

Aderbal Favacho Júnior, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Subseção Marabá) elogiou a iniciativa de instalação da biblioteca no Crama e lamentou que muitas pessoas, às vezes, preferem reciclar uma latinha de bebidas do que recuperar um ser humano. “Esse pensamento deve ser abolido de nossa comunidade”, sustentou.

O interno Rogério Andrade também agradeceu às pessoas envolvidas na criação da Sala de Leitura e avaliou que ela será uma porta de oportunidades para ele e outros colegas que desejarem mergulhar no universo da leitura. Ele citou Monteiro Lobato e fez discurso de gratidão, observando que aqueles que se envolverem com a Sala de Leitura ainda terão o privilégio de redução de pena.

Por sua vez, o diretor do Crama, Coronel Araújo, disse que em pouco mais de 30 dias tem conseguido estabelecer boas parcerias com a comunidade, citando as secretarias municipais de Educação e Agricultura. “Tenho certeza que esse projeto de leitura trará novos horizontes para esta casa penal. Aqui, mantenho rotina de ouvir uma média de dez presos por dia, o que é muito bom para eles”, diz.

Segundo o diretor, mesmo antes da inauguração, muitos detentos já procuram livros para ler e estão motivados para folhear alguns dos mais de 300 títulos disponíveis na sala. Aliás, Coronel Araújo explica por que motivo a Sala de Leitura mantém um cantinho que funciona como brinquedoteca: “toda sexta-feira é dia de visitas de familiares e algumas mães trazem os filhos para ver os pais. Com esse espaço, eles ficarão mais à vontade”, observa. (Ulisses Pompeu)

 

As boas notícias começam a fluir do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes, em Marabá. Uma parceria entre a gestão atual da casa penal e a Secretaria Municipal de Educação permitiu a criação de uma sala de leitura para os detentos, inaugurada durante cerimônia realizada nesta sexta-feira, dia 30, com a participação de várias autoridades.

O secretário de Educação, Luciano Lopes Dias, elogiou a gestão do coronel reformado da Polícia Militar, Antônio Araújo, à frente do Crama, e observou que atos singelos como este modificam a vida das pessoas para melhor. “Não se pode falar em ressocialização sem atitude. Dizem que o presídio é uma universidade do crime, mas atitudes como esta contribuem para mudança de vida das pessoas aqui”.

Luciano Dias observou que ao começarem a ler livros, os internos do Crama vão conseguir transpor os muros da penitenciária de forma imaginária e tomarão gosto pelo estudo.

Coordenadora do Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a professora doutora Eliane Machado disse que quando ajudou a criar o projeto Marabá Leitora, nunca imaginou que ele chegaria a um ambiente como a penitenciária. “Ele veio parar em um local onde as asas não podem ser usadas. A sala de leitura tem um resultado grandioso”, disse.

Aderbal Favacho Júnior, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Subseção Marabá) elogiou a iniciativa de instalação da biblioteca no Crama e lamentou que muitas pessoas, às vezes, preferem reciclar uma latinha de bebidas do que recuperar um ser humano. “Esse pensamento deve ser abolido de nossa comunidade”, sustentou.

O interno Rogério Andrade também agradeceu às pessoas envolvidas na criação da Sala de Leitura e avaliou que ela será uma porta de oportunidades para ele e outros colegas que desejarem mergulhar no universo da leitura. Ele citou Monteiro Lobato e fez discurso de gratidão, observando que aqueles que se envolverem com a Sala de Leitura ainda terão o privilégio de redução de pena.

Por sua vez, o diretor do Crama, Coronel Araújo, disse que em pouco mais de 30 dias tem conseguido estabelecer boas parcerias com a comunidade, citando as secretarias municipais de Educação e Agricultura. “Tenho certeza que esse projeto de leitura trará novos horizontes para esta casa penal. Aqui, mantenho rotina de ouvir uma média de dez presos por dia, o que é muito bom para eles”, diz.

Segundo o diretor, mesmo antes da inauguração, muitos detentos já procuram livros para ler e estão motivados para folhear alguns dos mais de 300 títulos disponíveis na sala. Aliás, Coronel Araújo explica por que motivo a Sala de Leitura mantém um cantinho que funciona como brinquedoteca: “toda sexta-feira é dia de visitas de familiares e algumas mães trazem os filhos para ver os pais. Com esse espaço, eles ficarão mais à vontade”, observa. (Ulisses Pompeu)