Correio de Carajás

Jovem é flagrado em vídeo fazendo sexo oral com menino de três anos

Após um vídeo gravado por populares em Parauapebas começar a circular desde a última segunda-feira (14), pelas redes sociais, mostrando um adolescente fazendo sexo oral em um menino, a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) agiu rapidamente e conseguiu localizar vítima e acusado. Segundo a delegada Ana Carolina Abreu, titular da DEAM, o acusado é um adolescente de 15 anos, que tem problemas mentais, e a vítima é um menino de apenas 3 anos.

“Após a veiculação do vídeo, conseguimos identificar o bairro e fomos até o local e localizamos o suspeito, que foi conduzido junto com os pais dele para a delegacia. Os pais do adolescente apresentaram laudos médicos que mostram que ele sofre de ao menos cinco tipos de doença mental, como esquizofrenia, demência moderada e transtornos variados. Eles também mostraram os receituários com os remédios controlados que ele toma”, informou a delegada.

Ana Carolina detalhou que foi impossível colher depoimento do investigado, porque ele estava completamente atemporal e demonstrava não ter noção de nada. “Colhemos o depoimento apenas dos pais dele, inclusive foi sua mãe que nos informou onde morava a criança, que foi abusada por ele”, ressalta a delegada.

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O menino foi levado para a DEAM, acompanhada da mãe dele. De acordo com Ana Carolina, também não foi possível colher informações do menino, porque ele chorava a cada pergunta feita. “Ouvimos a mãe dele e, com base no vídeo, que comprova a materialidade do abuso sexual, instauramos um auto de investigação, que agora será encaminhado ao Ministério Público, que vai determinar que medidas socioeducativas serão aplicadas ao adolescente”, explica a delegada, esclarecendo ainda que o menino foi encaminhado para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), para ser atendido por psicólogos.

Crime: Sobre o vídeo que está sendo compartilhado pelas redes sociais, a delegada alerta que os autores e quem está compartilhado podem ser autuados em flagrante pelo crime, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que tem pena que varia de cinco a oito anos de detenção. “É crime produzir, compartilhar, armazenar ou ceder vídeos, fotos ou qualquer imagem que contenham cenas de nudez ou sexo envolvendo crianças e adolescentes. A pessoa, se flagrado pela autoridade policial, será autuada pelo crime em flagrante delito e não cabe fiança”, avisou Ana Carolina. (Tina Santos e Ronaldo Modesto)