No final da manhã desta segunda-feira, 11, o deputado estadual João Chamon Neto (PMDB) e mais cinco vereadores representando a Câmara Municipal de Marabá foram ao Ministério Público Estadual (MPE) para protocolar uma Representação contra a Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) por causa do racionamento de água que foi imposto a mais de 100 mil consumidores em Marabá desde o dia 30 de agosto último e que não tem previsão para terminar.
A mobilização foi capitaneada pelo próprio Chamon e fortalecida pela Câmara Municipal, representada na ocasião pelos vereadores Irismar Melo (presidente em exercício), Tiago Koch, Cristina Mutran, Alecio Stringari e Marcelo Alves.
O deputado João Chamon disse que a representação conjunta dos vereadores e seu Gabinete na Assembleia Paraense pretende que a Cosanpa se explique junto ao Ministério Público sobre a situação caótica sem água potável a maior parte do dia sem prazo determinado para ocorrer. “Já denunciei esse fato da tribuna da Assembleia Legislativa, mas fiz questão de fazer o mesmo em Marabá, na Promotoria de Justiça, para municiar a Promotoria do Consumidor de informações sobre esse dilema de abastecimento de água”, disse Chamon.
Leia mais:No documento, o deputado e vereadores argumentam que a Cosanpa anunciou pela Imprensa o racionamento de água para os núcleos Cidade Nova e Nova Marabá – os mais populosos da cidade – mas não deu prazo para que o problema seja solucionado.
A Cosanpa alegou, à época, que o racionamento se devia ao baixo nível do Rio Tocantins neste verão, mas um problema em suas bombas de captação de água eram o verdadeiro motivo, mas depois confirmou-se que o poço da companha, que atua como intermediário entre o rio e a Estação de Tratamento de Água, ficou lotado de sedimentos e já não atende a demanda das novas bombas. “Isso é um ataque à coletividade e o Ministério Público é uma instituição que combate esse tipo de prática e pode exigir da companhia o restabelecimento do serviço com maior brevidade”, disse a vereadora Irismar Melo, durante o protocolo do documento à Assessoria da promotora de Defesa do Consumidor, Lílian Viana Freire.
Risco com a dengue
Na Folha 16, Nova Marabá, uma família armazena água em garrafas, galões e baldes, sendo que estes últimos recipientes ficam sem tampa. Por conta do desabastecimento que assola os dois maiores núcleos urbanos da cidade, é o único jeito de ter água para eles. Todavia, sem saber, criam um ambiente perfeito para que o mosquito da dengue se desenvolva.
Quem alerta sobre o risco é a enfermeira Ana Raquel Santos Miranda, coordenadora de Vigilância em Saúde do 11 Centro Regional da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde), com sede em Marabá.
Ela reforça o alerta às famílias que costumam acumular água em reservatórios inadequados sobre os riscos de infestação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e também a febre Chikungunya. Com isso, é preciso ter muito cuidado com a criação de mais focos de reprodução do mosquito. “Claro, o mosquito pode se reproduzir em depósitos domiciliares como vasos de plantas, também, além do acúmulo de lixo, mas os reservatórios de água neste período são a maior preocupação”, diz.
Ana Raquel acrescenta ainda que o verão não evita que as larvas se proliferem, porque as pessoas continuam agindo de forma a facilitar o desenvolvimento delas. (Ulisses Pompeu)
No final da manhã desta segunda-feira, 11, o deputado estadual João Chamon Neto (PMDB) e mais cinco vereadores representando a Câmara Municipal de Marabá foram ao Ministério Público Estadual (MPE) para protocolar uma Representação contra a Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) por causa do racionamento de água que foi imposto a mais de 100 mil consumidores em Marabá desde o dia 30 de agosto último e que não tem previsão para terminar.
A mobilização foi capitaneada pelo próprio Chamon e fortalecida pela Câmara Municipal, representada na ocasião pelos vereadores Irismar Melo (presidente em exercício), Tiago Koch, Cristina Mutran, Alecio Stringari e Marcelo Alves.
O deputado João Chamon disse que a representação conjunta dos vereadores e seu Gabinete na Assembleia Paraense pretende que a Cosanpa se explique junto ao Ministério Público sobre a situação caótica sem água potável a maior parte do dia sem prazo determinado para ocorrer. “Já denunciei esse fato da tribuna da Assembleia Legislativa, mas fiz questão de fazer o mesmo em Marabá, na Promotoria de Justiça, para municiar a Promotoria do Consumidor de informações sobre esse dilema de abastecimento de água”, disse Chamon.
No documento, o deputado e vereadores argumentam que a Cosanpa anunciou pela Imprensa o racionamento de água para os núcleos Cidade Nova e Nova Marabá – os mais populosos da cidade – mas não deu prazo para que o problema seja solucionado.
A Cosanpa alegou, à época, que o racionamento se devia ao baixo nível do Rio Tocantins neste verão, mas um problema em suas bombas de captação de água eram o verdadeiro motivo, mas depois confirmou-se que o poço da companha, que atua como intermediário entre o rio e a Estação de Tratamento de Água, ficou lotado de sedimentos e já não atende a demanda das novas bombas. “Isso é um ataque à coletividade e o Ministério Público é uma instituição que combate esse tipo de prática e pode exigir da companhia o restabelecimento do serviço com maior brevidade”, disse a vereadora Irismar Melo, durante o protocolo do documento à Assessoria da promotora de Defesa do Consumidor, Lílian Viana Freire.
Risco com a dengue
Na Folha 16, Nova Marabá, uma família armazena água em garrafas, galões e baldes, sendo que estes últimos recipientes ficam sem tampa. Por conta do desabastecimento que assola os dois maiores núcleos urbanos da cidade, é o único jeito de ter água para eles. Todavia, sem saber, criam um ambiente perfeito para que o mosquito da dengue se desenvolva.
Quem alerta sobre o risco é a enfermeira Ana Raquel Santos Miranda, coordenadora de Vigilância em Saúde do 11 Centro Regional da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde), com sede em Marabá.
Ela reforça o alerta às famílias que costumam acumular água em reservatórios inadequados sobre os riscos de infestação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e também a febre Chikungunya. Com isso, é preciso ter muito cuidado com a criação de mais focos de reprodução do mosquito. “Claro, o mosquito pode se reproduzir em depósitos domiciliares como vasos de plantas, também, além do acúmulo de lixo, mas os reservatórios de água neste período são a maior preocupação”, diz.
Ana Raquel acrescenta ainda que o verão não evita que as larvas se proliferem, porque as pessoas continuam agindo de forma a facilitar o desenvolvimento delas. (Ulisses Pompeu)