Em duas apresentações ocorridas nesta quinta e sexta-feira, 15 e 16, a diretoria da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) mostrou como pretende resolver o problema de abastecimento de água em Marabá, que já dura 16 dias e deve perdurar por, no mínimo, mas duas semanas.
A primeira apresentação foi feita aos vereadores na tarde de quinta-feira, com a participação do presidente da Cosanpa, Cláudio Conde; de Fernando Martins e Antônio Crisostómo, diretores técnico e de Operações, respectivamente; além do gerente regional Paulo Barbosa. Eles repetiram as informações, de forma mais sucinta, para a Imprensa durante uma coletiva realizada na manhã desta sextaa-feira, com atraso de uma hora em relação ao agendado inicialmente.
A proposta emergencial da Cosanpa, segundo o presidente, será a construção de uma tubulação com bomba anfíbia que saíra de São Paulo nesta sexta-feira e deve chegar a Marabá na próxima semana. A previsão é que os trabalhos de instalação demorem cerca de duas semanas.
Leia mais:Segundo revelou a diretoria da Cosanpa, o custo para a instalação do sistema emergencial deve girar em torno de R$ 1 milhão, com aquisição de cabos elétricos, novo transformador de energia trifásico de 300kVA, conexões de ferro fundido tubo em PEAD, aluguel de balsa, caminhão munk, escavadeira hidráulica e máquina de solda em termofusão.
Questionados pela vereadora Irismar Melo sobre o custo para a solução definitiva, o presidente revelou que devem ser gastos cerca de R$ 10 milhões em uma obra que tem previsão para ficar pronta em um ano. Ou seja, só no próximo verão, durante a seca. Para isso, vai precisar mandar construir uma balsa para abrigar quatro grandes bombas de captação de água para enviar direto para a estação de tratamento, sem passar pelo famigerado poço. Ele só não disse se esses recursos estão garantidos para a execução da obra dentro do prazo previsto.
A diretoria da Cosanpa voltou a falar sobre o baixo nível do Rio Tocantins que, aliás, ainda não atingiu a cota mais baixa de 2016, quando não houve racionamento, ironicamente.
O presidente, demonstrando bastante conhecimento técnico sobre o sistema de abastecimento de água, mostrou os investimentos que foram feitos pela Cosanpa em Marabá no sistema de água e no de esgoto, que totalizam cerca de R$ 300 milhões e garantiu que o de Marabá é o mais moderno em comparação aos de outros municípios do Estado.
Mas o grande dilema, segundo o diretor Fernando Martins, é que a água chega ao poço sem bombeamento, apenas por gravidade. Com isso, caso o nível do rio baixe mais um metro, o poço vai secar e novo racionamento pode acontecer, mesmo com a instalação das bombas de sucção do plano emergencial.
Na ponta do lápis, segundo Fernando mostrou, as bombas da Estação de Captação da Nova Marabá têm capacidade para oferecer cerca de 3.000 metros cúbicos de água por hora. Todavia, estavam captando 1.800 metros cúbicos antes do racionamento, o que dava para abastecer os núcleos Nova Marabá e Cidade Nova, normalmente. Com o racionamento, o volume caiu para 1.000 metros cúbicos e por isso a Cosanpa precisou fazer o rodízio de água entre os dois núcleos. Com uma operação intermediária, voltaram a bombear 1.400, e a intenção é voltar ao volume de 1.800 daqui a 15 dias.
Cláudio Conde contemporizou sobre outras bacias hidrográficas do País que passam por problema de baixo nível de água, mostrando que a Bacia do Rio Tocantins é a mais antropizada (73%) em comparação com a do São Francisco (54%), Paraná (50%) e Parnaíba (27,2%). Isso significa que a água do rio está passando por grande interferência do homem, com retirada de água para irrigação de plantações, indústria, entre outros.
Ele tentou amenizar a responsabilidade da Cosanpa por não se antecipar ao período de seca, mostrando a série histórica de secas desde 1971 até 2016. Todavia, os dois últimos anos, ações permanentes dos fenômenos El Niño e La Niña, serviam para acender o botão vermelho do que estava por vir.
Dois representantes do Sindicato dos Urbanitários estavam presentes. Otávio Barbosa de Sousa disse que acompanhou todo o processo de revitalização da estrutura da Cosanpa em Marabá, com ampliação da estação de captação de água e do sistema de distribuição. Todavia, sempre questionou a falta de obras para ampliação do poço e a autoridades esqueceram desse fato.
Os vereadores fizeram várias perguntas à diretoria da Cosanpa, tanto em relação ao sistema de abastecimento de água quanto o de esgoto, questionando prazos e pedindo celeridade para conclusão das obras para não penalizar ainda mais a população. (Ulisses Pompeu)
Em duas apresentações ocorridas nesta quinta e sexta-feira, 15 e 16, a diretoria da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) mostrou como pretende resolver o problema de abastecimento de água em Marabá, que já dura 16 dias e deve perdurar por, no mínimo, mas duas semanas.
A primeira apresentação foi feita aos vereadores na tarde de quinta-feira, com a participação do presidente da Cosanpa, Cláudio Conde; de Fernando Martins e Antônio Crisostómo, diretores técnico e de Operações, respectivamente; além do gerente regional Paulo Barbosa. Eles repetiram as informações, de forma mais sucinta, para a Imprensa durante uma coletiva realizada na manhã desta sextaa-feira, com atraso de uma hora em relação ao agendado inicialmente.
A proposta emergencial da Cosanpa, segundo o presidente, será a construção de uma tubulação com bomba anfíbia que saíra de São Paulo nesta sexta-feira e deve chegar a Marabá na próxima semana. A previsão é que os trabalhos de instalação demorem cerca de duas semanas.
Segundo revelou a diretoria da Cosanpa, o custo para a instalação do sistema emergencial deve girar em torno de R$ 1 milhão, com aquisição de cabos elétricos, novo transformador de energia trifásico de 300kVA, conexões de ferro fundido tubo em PEAD, aluguel de balsa, caminhão munk, escavadeira hidráulica e máquina de solda em termofusão.
Questionados pela vereadora Irismar Melo sobre o custo para a solução definitiva, o presidente revelou que devem ser gastos cerca de R$ 10 milhões em uma obra que tem previsão para ficar pronta em um ano. Ou seja, só no próximo verão, durante a seca. Para isso, vai precisar mandar construir uma balsa para abrigar quatro grandes bombas de captação de água para enviar direto para a estação de tratamento, sem passar pelo famigerado poço. Ele só não disse se esses recursos estão garantidos para a execução da obra dentro do prazo previsto.
A diretoria da Cosanpa voltou a falar sobre o baixo nível do Rio Tocantins que, aliás, ainda não atingiu a cota mais baixa de 2016, quando não houve racionamento, ironicamente.
O presidente, demonstrando bastante conhecimento técnico sobre o sistema de abastecimento de água, mostrou os investimentos que foram feitos pela Cosanpa em Marabá no sistema de água e no de esgoto, que totalizam cerca de R$ 300 milhões e garantiu que o de Marabá é o mais moderno em comparação aos de outros municípios do Estado.
Mas o grande dilema, segundo o diretor Fernando Martins, é que a água chega ao poço sem bombeamento, apenas por gravidade. Com isso, caso o nível do rio baixe mais um metro, o poço vai secar e novo racionamento pode acontecer, mesmo com a instalação das bombas de sucção do plano emergencial.
Na ponta do lápis, segundo Fernando mostrou, as bombas da Estação de Captação da Nova Marabá têm capacidade para oferecer cerca de 3.000 metros cúbicos de água por hora. Todavia, estavam captando 1.800 metros cúbicos antes do racionamento, o que dava para abastecer os núcleos Nova Marabá e Cidade Nova, normalmente. Com o racionamento, o volume caiu para 1.000 metros cúbicos e por isso a Cosanpa precisou fazer o rodízio de água entre os dois núcleos. Com uma operação intermediária, voltaram a bombear 1.400, e a intenção é voltar ao volume de 1.800 daqui a 15 dias.
Cláudio Conde contemporizou sobre outras bacias hidrográficas do País que passam por problema de baixo nível de água, mostrando que a Bacia do Rio Tocantins é a mais antropizada (73%) em comparação com a do São Francisco (54%), Paraná (50%) e Parnaíba (27,2%). Isso significa que a água do rio está passando por grande interferência do homem, com retirada de água para irrigação de plantações, indústria, entre outros.
Ele tentou amenizar a responsabilidade da Cosanpa por não se antecipar ao período de seca, mostrando a série histórica de secas desde 1971 até 2016. Todavia, os dois últimos anos, ações permanentes dos fenômenos El Niño e La Niña, serviam para acender o botão vermelho do que estava por vir.
Dois representantes do Sindicato dos Urbanitários estavam presentes. Otávio Barbosa de Sousa disse que acompanhou todo o processo de revitalização da estrutura da Cosanpa em Marabá, com ampliação da estação de captação de água e do sistema de distribuição. Todavia, sempre questionou a falta de obras para ampliação do poço e a autoridades esqueceram desse fato.
Os vereadores fizeram várias perguntas à diretoria da Cosanpa, tanto em relação ao sistema de abastecimento de água quanto o de esgoto, questionando prazos e pedindo celeridade para conclusão das obras para não penalizar ainda mais a população. (Ulisses Pompeu)