A morte de Karina de Sousa Cardoso, de 22 anos, agora está sendo investigada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Marabá. Na tarde desta terça-feira (17) duas pessoas prestaram depoimento, mas a delegada que agora conduz o inquérito, Simone Felinto, não informou as identidades dos depoentes e também não passou outras informações sobre o que foi dito na delegacia para não atrapalhar as investigações.
A reportagem do Correio conversou com o delegado William Crispim, do Departamento de Homicídios, que iniciou o inquérito policial. Segundo ele, o caso é apontado como feminicídio e por isso foi transferido para a DEAM. “O principal suspeito, a gente já tem a autoria desvendada e provavelmente foi o ex-companheiro, que encontra-se desaparecido desde então”, afirmou.
O corpo de Karina foi encontrado na noite da última segunda-feira (16) na quitinete em que ela morava, no número 18 da Rua 31 de Março, Bairro das Laranjeiras (Cidade Nova). Segundo informações repassadas pelos vizinhos, na noite de domingo (15) ela e o companheiro Wesley Novaes haviam bebido e tiveram uma briga feia em frente à quitinete. Depois da briga do casal, os vizinhos não ouviram mais nenhum barulho.
Leia mais:Na manhã de segunda-feira ela não foi trabalhar no petshop localizado na Avenida Tocantins, Cidade Nova, onde atuava havia três meses. O patrão de Karina, Josivan Rocha, estranhou a ausência da funcionária, algo que não era comum, e passou a telefonar para ela, mas ninguém atendia. Por isso, ele entrou em contato com a mãe da jovem, Josivan, que procurou pela filha em vários lugares e não tendo a encontrado foi até a quitinete onde ela morava, lá encontrando o corpo ao lado da cama, com um corte profundo no pescoço.
A mãe de Karina não concedeu entrevista porque ficou extremamente abalada ao se deparar com a cena. Por outro lado, a reportagem apurou que, durante o dia, ela ainda telefonou para o celular de Wesley à procura da filha, e ele respondeu que a mulher estava tomando banho e que mais tarde retornaria a ligação. No entanto, Karina já estava morta. Uma vizinha do casal comentou que por volta das 18h de segunda-feira o acusado voltou ao local do crime e lá deixou uma chave e a moto. Depois disso, ele não foi mais visto.
Em contato por telefone com o padrasto de Karina, de prenome Jeílson, a reportagem apurou que o corpo da jovem será encaminhado para uma cidade no estado do Maranhão. Porém, o padrasto não soube informar o nome do município onde será o sepultamento. (Fabiane Barbosa)