O julgamento do fazendeiro Décio José Barroso Nunes, conhecido como Delsão, terminou na tarde desta quarta-feira, 14, no Fórum Criminal de Belém. Décio José Barroso, de 62 anos, foi condenado por homicídio qualificado e vai cumprir 12 anos de prisão em regime, inicialmente fechado. A sessão teve mais de 15 horas de julgamento e começou na quarta-feira, 13.
A promotoria requereu que o réu saia do júri preso, por prisão cautelar, pela condenação e por haver ameaças de testemunhas. O requerimento foi indeferido pela juíza.
O advogado de defesa, Antonio Leite Júnior, declarou que vai apelar “no tempo de lei”.
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Delsão foi acusado de ser o mandante do assassinato do sindicalista José Dutra da Costa, conhecido como “Dezinho”. Ele já havia sido julgado e condenado, em 2014, a 12 anos de prisão, mas recorreu da decisão e teve o júri anulado.
Dezinho era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon Pará, e lutava pela desapropriação de terras para a reforma agrária na região. Segundo entidades ligadas aos direitos humanos, ele foi morto no dia 21 de novembro de 2000, no município do sudeste paraense, por denunciar práticas de trabalho escravo e apoiar famílias do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terras (MST).
(RomaNews)