O movimento estudantil prepara para amanhã, terça-feira (13), um ato em Marabá aderindo à greve geral nacional convocada em protesto contra a política de cortes na educação, por parte do atual governo federal, que começaram pelo ensino superior, mas também se estendem à educação básica.
Na última semana, em assembleia, os trabalhadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará decidiram pela paralisação, assim como os da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Em Marabá, a concentração acontece a partir das 7h30 no Campus I da Unifesspa, na Folha 31, Nova Marabá. A instituição teve 40% dos recursos discricionários bloqueados pelo Ministério da Educação (MEC), atingindo R$ 6,7 milhões do orçamento de custeio e R$ 6,4 milhões do orçamento para investimentos. Seis dias atrás, em comunicado, a Unifesspa informou que só deve funcionar efetivamente até o final deste mês de agosto.
Leia mais:Segundo o professor Rigler Aragão, coordenador do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (SindUnifesspa), não são apenas os servidores e estudantes da instituição que irã participar da greve em Marabá. Confome ele, professores e outros trabalhadores do Instituto Federal do Pará (IFPA), dos campi rural e industrial, assim como discentes, também estarão presentes no ato de amanhã.
Em nível nacional quem está puxando as manifestações são entidades como a União Nacional de Estudantes (UNE), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e Federação de Sindicatos de Trabalhadores.
O programa Future-se, do Ministério da Educação, que tem como objetivo entregar as universidades à iniciativa privada, deverá ser o foco de encontros e momentos de formação política. (Luciana Marschall)