Não passou pelo Instituto Médico Legal (IML) o corpo do jovem José Natal Cirqueira Filho, conhecido como “Zezinho”. Ele foi baleado no dia 15 de janeiro deste ano, sendo internado e operado, e depois recebeu alta, mas voltou ao hospital semanada passada e morreu na última terça-feira (16). Os dois acusados de terem atirado nele (os irmãos Daniel Miranda Barros e Domingos Miranda Barros) chegaram a ser presos, mas ganharam o direito de responder ao crime em liberdade.
Gerou muita dúvida ontem o fato de que o corpo de “Zezinho” foi liberado do Hospital Municipal de Marabá (HMM) direto para os parentes do morto sem passar pelo IML. Sobre o assunto, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura (Ascom) informou que no caso de “Zezinho”, ele foi tratado, voltou para casa e depois voltou ao hospital porque teve sequelas, de modo que foi encaminhado para a Unidade de Cuidados Especiais (UCE), por isso o corpo não foi encaminhado para o IML, quando o óbito foi confirmado.
Por outro lado, também ouvido pelo gerente do IML em Marabá, Domingos Costa Silva, também confirmou que nesse caso não há realmente necessidade de encaminhar o corpo para o IML, porque o paciente recebeu alta e depois retornou ao hospital, mas não em decorrência da causa primária, que foram os disparos.
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Segundo informação dos familiares da vítima, há dois meses e meio, “Zezinho” foi levado de volta para o HMM para colocação de uma sonda definitiva na barriga, pois usava uma sonda provisória no nariz. Mas começou a convulsionar e ter vômitos. Os médicos não conseguiram fazer mais nada e ele acabou morrendo.
No dia 10 de junho, na “Operação Hades”, o Departamento de Homicídios, da Polícia Civil, prendeu os irmãos Daniel e Domingos (Miranda Barros), acusados de atirar na vítima. Eles ganharam o direito de responder ao crime em liberdade.
SAIBA MAIS
O que se sabe é que “Zezinho” morava em Eldorado dos Carajás, onde sofreu um acidente de trânsito e fraturou uma das pernas. Ele veio a Marabá justamente para passar por cirurgia. No dia em que foi baleado, o rapaz estava sendo, tranquilamente, na porta da casa dos parentes, no Bairro Independência (Cidade Nova). Na época do crime, o que se noticiou é que “Zezinho” pode ter sido baleado por engando.
(Chagas Filho)