Correio de Carajás

CPR-II: A inteligência contra o crime

Na medida que a criminalidade aumenta em quantidade e em grau de atuação, a polícia também procura mudar sua forma de responder ao crime. Foi pensando nisso que o 2º Comando de Policiamento Regional (CPR-II), com apoio da Superintendência Regional de Polícia Civil, criou o Programa de Prevenção da Criminalidade, um novo perfil de ações de segurança que atua identificando os crimes, depois promovendo uma análise criminal que vai nortear o planejamento das operações e conta ainda com ferramentas de controle e avaliação para saber se os resultados foram satisfatórios.

Apresentado à Imprensa e a autoridades esta semana pelo coronel Mauro Sergio Marques Silva, comandante do CPR-II, o programa tem objetivo de diminuir o índice de crimes dentro da área de abrangência do Comando Regional, que passa pelos batalhões sediados nos municípios de Rondon do Pará, Marabá e Canaã dos Carajás.

Elaborado pelo capitão Harley, major Batista e o delegado Marcelo Delgado (superintendente regional de Polícia Civil em Marabá), o programa prevê a realização de 12 operações direcionadas para os diversos tipos de crimes, a partir de estudos que identifiquem esses crimes.

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Segundo o coronel Mauro Sergio, as ações planejadas servem para que quando as viaturas saiam dos quarteis já tenham um caminho a ser traçado a partir de um estudo prévio. “Quando a viatura sair, o oficial do dia sabe para onde vai, porque vai e tem uma meta a atingir”, resume.

O oficial observa que os crimes sempre vão acontecer, mas as autoridades policiais e a própria sociedade não podem tolerar a existência da criminalidade, de modo que a busca da polícia é pela excelência, utilizando todos os recursos do Estado de forma didática e científica.

Ainda segundo o coronel Mauro Sérgio, os comandantes dos três batalhões subordinados ao CPR-II terão autonomia de gerenciar os seus recursos a partir dos estudos. Mas depois terão de prestar contas de tudo que foi traçado, para verificar se o que foi planejado foi colocado em prática. A ferramenta de controle do programa está concentrada no CPR-II porque todos os batalhões terão que dar retorno de cada operação que foi determinada para cada batalhão.

Por fim, o comandante destaca que a integração entre as forças de segurança é fundamental, para que cada órgão atue em diálogo com os outros. Dentro desse contexto, ele também entende que a participação da Imprensa é fundamental porque vai divulgar a ação e incentivar as pessoas a registrarem ocorrência. (Com informações de Nathália Viegas)

Ações são remédio para a doença da criminalidade

A ideia do programa é utilizar dados científicos para não subutilizar os recursos do Estado. De acordo com Mauro Sérgio, as ações a serem tomadas, depois da identificação do crime e da análise criminal, vão levar em conta a quantidade de crimes e também as modalidades mais frequentes e as áreas de maior incidência de acordo com o cenário de cada município. É o que ele chama de remédio.

“A Inteligência vai fazer a análise criminal, dar o diagnóstico e a partir daí daremos o remédio necessário para aquele problema e a dosagem necessária. As dosagens são as operações que podem ser maiores ou menores, de acordo com a particularidade do problema identificado”, detalha o coronel.

Dentro desse estudo a ser realizado pelo Programa de Prevenção da Criminalidade estão analisados os dias da semana, horário e locais de maior incidência de cada tipo de crime. A partir daí, entra em cena outro elemento presente no estudo, que é a velocidade da análise e da resposta.

Ele cita como exemplo de estudo preditivo da criminalidade o caso das trilhas de motocicletas que são uma tradição em municípios da região. Segundo o coronel, a polícia tem que estar atenta para esse tipo de evento, pois o que antecede é um aumento na ocorrência de roubo de motos, motocicletas circulando sem licenciamento, além de acidentes de trânsito. Desse modo, quando estiver próximo da ocorrência das trilhas, todos esses problemas podem acontecer, o que obriga a polícia a realizar operações conjuntas no trânsito e fiscalização também em oficinas de motos.

Ele complementa, mobilizando novamente a metáfora do remédio: “A dose do remédio vai ser diferente de acordo com a necessidade de cada localidade; isso se chama acompanhamento de dados”. (Chagas Filho, com informações de Nathália Viegas)

 

Nova York como exemplo

Embora tenha a clareza de que a realidade dos Estados Unidos é bem diferente do Brasil, o coronel Mauro Sérgio observa que nos anos de 1980, a cidade Nova York registrava uma média de seis homicídios por dia, até que, em 1994, foi implantada uma política severa de redução da criminalidade.

Essa política atacava os principais pilares de sustentação da sociedade, com a intervenção do Estado com políticas sociais, aumento de efetivo policial militar, qualificação desse efetivo e a tolerância zero, que era não admitia o mau comportamento do cidadão. Ou seja, qualquer pequena confusão, como uma briga de vizinhos, ia parar direto na delegacia, porque poderia evoluir para agressão e até mesmo para um homicídio. (Chagas Filho, com informações de Nathália Viegas)

 

Saiba Mais

Coronel Mauro Sérgio observa que é preciso estudar a série histórica da criminalidade, para ter uma cultura de análise, pois ainda que cada local tenha suas singularidades, a análise de dados é essencial porque detecta justamente essa especificidade. Assim, os indicadores vão dizer quais áreas serão atendidas e que tipo de operação será realizada em cada área.

(Chagas Filho)

Na medida que a criminalidade aumenta em quantidade e em grau de atuação, a polícia também procura mudar sua forma de responder ao crime. Foi pensando nisso que o 2º Comando de Policiamento Regional (CPR-II), com apoio da Superintendência Regional de Polícia Civil, criou o Programa de Prevenção da Criminalidade, um novo perfil de ações de segurança que atua identificando os crimes, depois promovendo uma análise criminal que vai nortear o planejamento das operações e conta ainda com ferramentas de controle e avaliação para saber se os resultados foram satisfatórios.

Apresentado à Imprensa e a autoridades esta semana pelo coronel Mauro Sergio Marques Silva, comandante do CPR-II, o programa tem objetivo de diminuir o índice de crimes dentro da área de abrangência do Comando Regional, que passa pelos batalhões sediados nos municípios de Rondon do Pará, Marabá e Canaã dos Carajás.

Elaborado pelo capitão Harley, major Batista e o delegado Marcelo Delgado (superintendente regional de Polícia Civil em Marabá), o programa prevê a realização de 12 operações direcionadas para os diversos tipos de crimes, a partir de estudos que identifiquem esses crimes.

Segundo o coronel Mauro Sergio, as ações planejadas servem para que quando as viaturas saiam dos quarteis já tenham um caminho a ser traçado a partir de um estudo prévio. “Quando a viatura sair, o oficial do dia sabe para onde vai, porque vai e tem uma meta a atingir”, resume.

O oficial observa que os crimes sempre vão acontecer, mas as autoridades policiais e a própria sociedade não podem tolerar a existência da criminalidade, de modo que a busca da polícia é pela excelência, utilizando todos os recursos do Estado de forma didática e científica.

Ainda segundo o coronel Mauro Sérgio, os comandantes dos três batalhões subordinados ao CPR-II terão autonomia de gerenciar os seus recursos a partir dos estudos. Mas depois terão de prestar contas de tudo que foi traçado, para verificar se o que foi planejado foi colocado em prática. A ferramenta de controle do programa está concentrada no CPR-II porque todos os batalhões terão que dar retorno de cada operação que foi determinada para cada batalhão.

Por fim, o comandante destaca que a integração entre as forças de segurança é fundamental, para que cada órgão atue em diálogo com os outros. Dentro desse contexto, ele também entende que a participação da Imprensa é fundamental porque vai divulgar a ação e incentivar as pessoas a registrarem ocorrência. (Com informações de Nathália Viegas)

Ações são remédio para a doença da criminalidade

A ideia do programa é utilizar dados científicos para não subutilizar os recursos do Estado. De acordo com Mauro Sérgio, as ações a serem tomadas, depois da identificação do crime e da análise criminal, vão levar em conta a quantidade de crimes e também as modalidades mais frequentes e as áreas de maior incidência de acordo com o cenário de cada município. É o que ele chama de remédio.

“A Inteligência vai fazer a análise criminal, dar o diagnóstico e a partir daí daremos o remédio necessário para aquele problema e a dosagem necessária. As dosagens são as operações que podem ser maiores ou menores, de acordo com a particularidade do problema identificado”, detalha o coronel.

Dentro desse estudo a ser realizado pelo Programa de Prevenção da Criminalidade estão analisados os dias da semana, horário e locais de maior incidência de cada tipo de crime. A partir daí, entra em cena outro elemento presente no estudo, que é a velocidade da análise e da resposta.

Ele cita como exemplo de estudo preditivo da criminalidade o caso das trilhas de motocicletas que são uma tradição em municípios da região. Segundo o coronel, a polícia tem que estar atenta para esse tipo de evento, pois o que antecede é um aumento na ocorrência de roubo de motos, motocicletas circulando sem licenciamento, além de acidentes de trânsito. Desse modo, quando estiver próximo da ocorrência das trilhas, todos esses problemas podem acontecer, o que obriga a polícia a realizar operações conjuntas no trânsito e fiscalização também em oficinas de motos.

Ele complementa, mobilizando novamente a metáfora do remédio: “A dose do remédio vai ser diferente de acordo com a necessidade de cada localidade; isso se chama acompanhamento de dados”. (Chagas Filho, com informações de Nathália Viegas)

 

Nova York como exemplo

Embora tenha a clareza de que a realidade dos Estados Unidos é bem diferente do Brasil, o coronel Mauro Sérgio observa que nos anos de 1980, a cidade Nova York registrava uma média de seis homicídios por dia, até que, em 1994, foi implantada uma política severa de redução da criminalidade.

Essa política atacava os principais pilares de sustentação da sociedade, com a intervenção do Estado com políticas sociais, aumento de efetivo policial militar, qualificação desse efetivo e a tolerância zero, que era não admitia o mau comportamento do cidadão. Ou seja, qualquer pequena confusão, como uma briga de vizinhos, ia parar direto na delegacia, porque poderia evoluir para agressão e até mesmo para um homicídio. (Chagas Filho, com informações de Nathália Viegas)

 

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Coronel Mauro Sérgio observa que é preciso estudar a série histórica da criminalidade, para ter uma cultura de análise, pois ainda que cada local tenha suas singularidades, a análise de dados é essencial porque detecta justamente essa especificidade. Assim, os indicadores vão dizer quais áreas serão atendidas e que tipo de operação será realizada em cada área.

(Chagas Filho)