O vereador Gilson Dias subiu à tribuna da Câmara na manhã desta terça-feira, 14 de maio, para lamentar o fechamento, por parte do Governo Municipal, da Casa de Apoio aos Estudantes de Marabá, que funcionava na capital do Estado, em Belém, há mais de 20 anos.
O fechamento foi feito pela Secretaria de Assistência Social, Seasp. O vereador lembrou que grandes personalidades de Marabá passaram pelo local, que sempre foi fundamental para quem não possui recursos para custear moradia na capital do Estado. “Fui um dos muitos marabaenses que se utilizaram da Casa dos Estudantes em Belém”, declarou o vereador, citando outros nomes que passaram pelo espaço.
Gilson Dias avalia que essa ação prejudica sobremaneira as pessoas com menor poder aquisitivo. “O fim da Casa do Estudante é muito ruim para os que mais precisam. Além de ter nossa história sendo jogada no ralo, visto que é um espaço democrático e um patrimônio histórico do município. Não podemos deixar tudo ir por água abaixo porque uma secretária quis”.
Leia mais:Ilker Moraes elogiou o colega por levantar o assunto e disse que foi procurado por pais de alunas que precisavam do apoio da Casa dos Estudantes para seus filhos em Belém, visto que os cursos para os quais haviam passado não são oferecidos em Marabá. “Nos mobilizamos no governo passado para não fechar esse espaço e é triste fato ser concretizado agora. O custo é de aproximadamente de R$ 79 mil por ano. Esse espaço não prejudica ou inviabiliza o orçamento do município. Esse investimento é importante para alguns alunos que sonham ingressar em cursos que não existem em nosso município”, finalizou o vereador.
Ouvida pela Reportagem do CORREIO, a secretária de Assistência Social, Nadjalúcia Oliveira, lembrou que a Casa do Estudante se justificava no tempo em que os cursos de graduação universitária se concentravam na Capital, Belém. Todavia, a Unifesspa foi criada há cerca de seis anos e, de lá para cá, a oferta de cursos aumentou muito em Marabá.
Também citou que a UEPA (Universidade do Estado do Pará) é outra instituição de ensino superior que expandiu-se na cidade, além de diversas faculdades particulares. “Ela (a Casa do Estudante) se justificava para prover apoio a alunos que faziam curso inexistente em Marabá, mas restaram apenas dois alunos, o que não justificava o investimento alto do município nesse projeto, que não tinha mais diretoria e nem quórum para eleição de uma diretoria”, sustenta. (Ulisses Pompeu)