Correio de Carajás

Setenta venezuelanos chegam a Parauapebas e preocupam governo

Assim como em algumas cidades da Região Norte do Brasil, Parauapebas começou a receber imigrantes venezuelanos, que saíram do país vizinho, mergulhado em crise econômica e humanitária. Boa parte dos imigrantes que está chegando à cidade é indígena, oriundos de regiões na fronteira do Brasil com a Venezuela.

Em Parauapebas, a chegada dos venezuelanos preocupa o governo municipal, que já criou um grupo de trabalho para elaborar um estudo e um plano de ação, para buscar recursos junto aos governos estadual e federal para auxiliar os imigrantes com moradia e alimentação. Segundo a Secretaria de Assistência Social do Município (Semsa), ao todo cerca de 70 índios daquele País estão na cidade.

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O grupo está espalhado em vários pontos da área urbana e, no momento, vive com ajuda de grupos de voluntários que doam alimentação. Alguns estão morando em hotéis, pagos por eles mesmos, com o dinheiro que arrecadam pedindo em semáforos nas ruas da cidade.

Muitos evitam falar em espanhol e usam apenas a língua nativa da tribo, para evitar a comunicação com quem procura saber mais da vida deles. Eles também não gostam de ser filmados e nem dar entrevistas.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Jorge Guerreiro, o município não tem recurso para dar aporte aos imigrantes. Por isso, a situação foi comunicada ao governo estadual e criado um grupo multissetorial, envolvendo assistência social, educação e saúde.

O grupo vai elaborar o plano de ação, para tentar buscar recurso junto ao governo do Estado e da União. O secretário adianta que o município estuda alugar um galpão para ser usado como abrigo pelos imigrantes, enquanto tentam resolver a situação deles.  (Tina Santos)