O vício em drogas e as más companhias tornaram um adolescente de 15 anos violento e agressivo, nas palavras da própria mãe. Há um mês ela estava tendo que viver na casa de uma amiga por ter expulsa da própria residência pelo filho.
Ontem, quarta-feira (17), a equipe da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) cumpriu mandado de busca e apreensão dele, expedido pelo Juízo da 4ª Vara Cível e Empresarial de Marabá, por atos infracionais equiparados aos crimes de ameaça, extorsão e dano.
Leia mais:O pedido de internação foi feito pela delegada Simone Felinto, titular da Deaca, após a mãe procurar a unidade policial no dia 18 de março, comunicando que o adolescente a havia expulsão de casa. No boletim de ocorrência, ela relatou que ele havia perguntado se a mulher havia recebido dinheiro. A mãe respondeu que não, o que deixou o filho bastante agressivo.
Ainda de acordo com o registrado, ele pegou uma faca e a expulsou, permanecendo sozinho no local. O adolescente exigia R$ 200 alegando que seria para retornar à cidade de Imperatriz. Quando foi expulsa da própria casa e já estava na calçada, ainda ouviu o filho gritar “some daqui!”, enquanto batia o portão com força.
O adolescente, conforme a mãe, é usuário de drogas há dois anos e já esteve internado duas outras vezes, uma vez no Centro de Internação do Adolescente Masculino (Ciam), em Marabá, e outra em Imperatriz, por roubo. Ela acrescentou que esta não foi a primeira ameaça sofrida dentro de casa porque o filho queria dinheiro para o consumo de drogas.
Na delegacia, afirmou que temia pela própria vida. Dois dias depois, em 20 de março, ao retornar para prestar depoimento, manifestou querer representar criminalmente contra o adolescente. Após isso, a Polícia Civil tentou diversas vezes intimar o adolescente para que este comparecesse à Deaca, mas ele nunca era encontrado na residência.
No último dia 10, foi localizado e na delegacia confirmou ser usuário de entorpecentes e confessou ter mandado a mãe sair da casa, avisando que iria “quebrar tudo”. Confirmou também ter ateado fogo em vários objetos como cobertores, rede, roupas e papeis, porém, negou que fossem propriedade da mãe.
O adolescente declarou, ainda, ter sido levado pelo Conselho Tutelar para tratar do vício em Imperatriz e, na ocasião do depoimento, que não usava drogas há cinco dias. Por fim, afirmou que estava morando só na casa e que o pai era quem levava comida, preparada pelo próprio adolescente. (Luciana Marschall – com informações de Evangelista Rocha)