Correio de Carajás

Semana Santa: Preço do pescado dispara nas feiras de Parauapebas

Manter a tradição de comer peixe na Semana Santa está saindo caro para a população de Parauapebas. O preço do pescado disparou nas feiras e mercados da cidade.

Até o tambaqui, que tem produção local em cativeiro e sempre é vendido a preço mais em conta em relação às espécies importadas de outros municípios do Estado, como Belém e Tucuruí, teve o preço majorado de R$ 12,00, a média, para R$ 15,00 e até R$ 18,00.

Este ano, o município não realizou nenhuma programação para oferecer pescado a preço mais em conta ao consumidor, como as tradicionais feiras de Peixe Vivo, onde espécies criadas em cativeiro, como tambaqui, tilápia e pacú, saem a preço de custo.

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Quem gosta de comer peixe de água salgada, vai ter que desembolsar mais da metade do preço pago pelo quilo na Semana Santa do ano passado.

A pescada amarela, muito apreciada, está à venda no mercado local em uma média de R$ 30,00 a R$ 35,00 o quilo. A dourada, outra espécie que é comprada em Belém para ser revendida aqui, também está o preço bastante salgado.

O quilo do peixe está sendo vendido de R$ 20,00 a R$ 25,00 nas feiras da cidade. O tucanaré, que vem de Tucuruí para ser revendido na cidade, saltou de R$ 12,00 e R$ 15,00 o quilo, média de preço praticada nas feiras locais dependendo do tamanho do peixe, para R$ 20,00 a R$ 22,00.

A piabanha, espécie criada em cativeiro, teve o preço majorado de R$ 16,00 para R$ 20,00. De acordo com os vendedores, os preços estão mais caros devido ao aumento no custo de frete e de combustível, da mesma forma como o aumento do preço do quilo comprado dos atravessadores ou produtores.

“Se a gente fosse jogar na ponta do lápis toda despesa gasta com o transporte e armazenamento do pescado, o valor seria ainda mais alto. No entanto, a gente perde um pouco, para poder oferecer um preço que dê para o consumidor comprar”, argumenta Valdo Aguiar, que vende peixe há cinco anos.

Para os católicos que gostam de manter a tradição de se alimentar de peixe durante a Semana Santa, especialmente na Sexta-feira Santa, o jeito é pesquisar e procurar espécies mais baratas. Alex Terfino optou em comprar tambaqui.

“É uma espécie que tem a carne saborosa e está mais barata. Antes a gente lá em casa comprava dourada ou pescada amarela, para o almoço da Sexta-Feira Santa, mas agora o preço está muito alto e não tem mais como comprar”, ressalta Alex.

Segundo os vendedores, com uma coisa o consumidor pode ficar tranquilo, não vai faltar peixe para quem quiser comprar. Todos fizeram estoque para abastecer com folga o mercado local até domingo. (Tina Santos)