A Buritirama é a 5ª maior mineradora em atuação no Pará e produziu R$ 554.292.100,47 durante 2018 em recursos minerais, notadamente manganês. Em 2017, foram movimentados R$ 451.933.054,96, alcançando um extraordinário avanço de mais de R$ 100 milhões de um ano para outro.
Em 2017, a empresa anunciou que instalaria uma planta de sinterização de manganês ao lado da mina às proximidades da Vila União, na Estrada do Rio Preto, em Marabá. O projeto previa a criação de 400 empregos diretos na implantação, que deveria durar 16 meses, e 100 diretos quando as operações iniciarem, fora os empregos indiretos na prestação de serviços.
O secretário de Planejamento de Marabá, Karam El Hajjar, anunciou nesta quarta-feira, durante a audiência pública de prestação de contas do 3º Quadrimestre de 2018, na Câmara Municipal, que o prefeito Tião Miranda autorizou uma fiscalização rigorosa na planta da Buritirama, porque a empresa não pagou alvará de construção para início das obras. ISS (Imposto Sobre Serviços) também não estariam sendo recolhidos à receita municipal.
Leia mais:Diante disso, uma força tarefa envolvendo a SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano), Secretaria Municipal de Meio Ambiente está sendo montada para fazer fiscalização em conjunto na empresa, que também tem escritório e entreposto na área urbana, às proximidades da Vila São José, no Km 9.
A Buritirama tentou obter benefícios fiscais junto à Prefeitura de Marabá, mas aparentemente a empresa desistiu da negociação. As obras físicas iniciaram na base do “caladinho” e a Prefeitura de Marabá fará fiscalização para avaliar a extensão das obras e cobrar os impostos devidos.
A mineradora comercializa seus produtos nos mercados nacional e internacional. A Reportagem do CORREIO tentou contato, por telefone, com Agnaldo, representante da empresa na região, mas ele não respondeu às mensagens no celular. (Ulisses Pompeu)