Em assembleia realizada ontem, terça-feira (26), o Sindicato dos Docentes da Unifesspa (SindUnifesspa) decidiu realizar ato no próximo domingo, dia 3, na Feira da Folha 28, a partir das 8 horas, com o tema “Ditadura Nunca Mais – Para que não se esqueça e nunca mais aconteça!”.
Conforme o coordenador geral do Sindicato dos Docentes da Unifesspa (SindUnifesspa), Professor Rigler Aragão, a ação ocorre de forma conjunta com ato contra a reforma da previdência, que vem sendo realizado constantemente em Marabá pelo Foro de Lutas em Defesa da Previdência, que unifica diversos sindicatos.
A decisão se deu após o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmar na última segunda-feira (25) que o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as “comemorações devidas” pelos 55 anos do golpe que deu início à ditadura militar no Brasil, em 1964.
Leia mais:Em decorrência do golpe, o presidente João Goulart foi deposto em 31 de março daquele ano, iniciando uma ditadura que durou 21 anos sem eleição direta para presidente. Após a confirmação do anúncio do presidente, rapidamente o assunto virou polêmica nas redes sociais.
“Definimos fazer uma panfletagem contra a Reforma da Previdência e como estava nessa polêmica do Bolsonaro celebrar o golpe militar de 64 decidimos combinar as duas coisas, panfletagem contra a reforma da previdência e ao mesmo tempo fazer essa denúncia de que a gente não tem nada que celebrar assassinatos, perseguições e a censura que houve durante a ditadura militar”, declarou Aragão.
Conforme ele, o grupo pretende produzir panfleto explicativo sobre o período da ditadura, contendo, no verso, explicações sobre a reforma previdenciária. “Estamos pensando em algo simbólico onde possamos demarcar a posição dos movimentos sociais de não concordar e também não se calar diante dessa decisão de dizer que vai celebrar a Ditadura Militar”, diz. (Luciana Marschall)