Mulheres participantes de movimentos sociais e coletivos, apoiadas por instituições feministas e órgãos municipais voltados à defesa dos direitos da mulher, realizam nesta sexta-feira (8), em Marabá, a Marcha do Dia Internacional da Mulher.
Este ano, existe um acordo com o movimento de mulheres do complexo de São Félix e Morada Nova. Por esse motivo a marcha terá sua concentração na Praça do Bairro São Félix Pioneiro, às 7 horas. A caminhada dará visibilidade à luta e ao empoderamento feminino, além de proporcionar maior integração entre as entidades que militam por mais direitos de gênero.
A marcha tem como tema em 2019 ‘Rompendo o Ciclo da Violência Contra a Mulher’. De acordo com Júlia Rosa, coordenadora especial de políticas públicas para as mulheres do Município, por se tratar de um assunto abrangente e importante em Marabá, que possuía altos números de feminicídio, esse foi o assunto escolhido para esse ano pelo fato da redução estar ocorrendo no município.
Leia mais:“A gente entende que esse tema é bastante abrangente e, em Marabá, temos conseguido, com muita luta e manifestações, reduzir o número de feminicídios aqui. E vamos continuar trabalhando nesse sentido”, explicou Júlia.
Reivindicações
Para ela, além da importância do tema sobre a violência contra a mulher, a marcha continua sendo uma oportunidade para que as mulheres estejam reivindicando direitos, como a melhoria das políticas públicas voltadas para a saúde e a construção e viabilização de creches que possam atender crianças a partir dos dois anos de idade.
“São mulheres que trabalham e que não tem com quem deixar seus filhos. Então, o grito é para que estejamos reivindicando isso, além, é claro, pelo fim da violência contra a mulher. É uma marcha para realmente nós, mulheres, lutarmos por nossos direitos. Será um momento de cobrarmos nosso espaço de viabilização do fortalecimento das políticas para que elas tenham condições de alçar voos maiores”, informou.
Ao CORREIO, Júlia afirmou que esse momento é de extrema importância para Marabá e que as mulheres precisam compreender que precisam estar juntas e unidas para pedirem por melhorias e o cumprimento de seus direitos. “Só iremos diminuir mais ainda esses índices assustadores da violência construindo uma cultura de paz com a participação de toda a família e com o apoio de todos os segmentos da sociedade”, finalizou. (Karine Sued)