Correio de Carajás

Mulher encontrada morta estava grávida de 7 meses

Atualização 14 de fevereiro de 2019 por

A mulher encontrada morta no igarapé Sebosinho, em Parauapebas, no último domingo (10), foi identificada. Trata-se de Jaqueline Moura Barreto, de 21 anos, segundo informou um irmão dela. Mas até ontem ele ainda não tinha fornecido material genético para fazer o reconhecimento oficial. Os restos mortais de Jaqueline foram enterrados no Cemitério da Saudade, no final da tarde de segunda-feira (11).

Embora os familiares ainda não tenham procurado oficialmente a delegacia para registrar queixa, a reportagem esteve na residência de Maria Elza Conceição Moura, 73 anos, avó da vítima. Ela afirmou que Jaqueline estaria grávida do quinto filho.

Leia mais:

Segundo Maria Elza, sua neta havia saído de casa por volta das 11h da manhã de sexta-feira (8) e não mais voltou. “Ela pediu R$ 10,00 para o avô dela dizendo que iria fazer uma viagem, acho que nem almoçou e logo saiu. Era de costume ela sair e só retornar dois, três dias depois”, relatou Maria Elza.

A anciã disse também que não conhece a pessoa com quem sua neta estava se relacionando amorosamente e nem quem era o pai da criança que Jaqueline estava esperando, sendo que tomou conhecimento da morte de sua neta através do neto dela que teria entrado em casa chorando e falando que tinham matado Jaqueline. “Ele foi ao IML se informar e logo retornou afirmando que era verdade; ele reconheceu o corpo dela através da tatuagem com o nome da primeira filha, Sofia”.

“A vizinha trouxe a foto no celular para eu ver, então constatei que realmente se tratava da minha neta; ela estava com sete meses de grávida e esse seria o quinto filho dela. Ela era solteira; nunca casou”, ressaltou a avó da vítima, acrescentando que não foi encontrado nenhum hematoma em sua neta. “Também me disseram que ela teria sido estuprada, não sei se é verdade ou não”.

Dona Maria disse não acreditar que sua neta tenha morrido afogada e relatou que ela não trabalhava e que sua neta tinha uns relacionamentos passageiros, e que a última vez que a viu foi pedindo dinheiro para seu avô. “Acho que ela ia se encontrar com alguém, mas não sabemos com quem seria. Ela nunca contou para mim sobre seus relacionamentos e nem se estaria sofrendo ameaças. Espero que a polícia descubra a verdade, pois seria muito importante tirar as dúvidas de minha cabeça”, disse a avó da vítima. (Chagas Filho com informações de Ronaldo Modesto e Caetano Silva)