A Polícia Civil de Parauapebas está à procura de um criminoso identificado pelo prenome de Jardel e apelidado de “Lulu”. Ele seria o quarto integrante da quadrilha que assassinou Wendel Fabrício Correa, 19 anos, o “De Belém”. A vítima ainda foi decapitada, conforme noticiado em nossa última edição. O assassinato foi filmado e as imagens circularam pelas redes sociais deixando a população assustada. Tudo indica que esse é mais um desfecho da briga entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) no município.
Quatro homens são acusados do crime, sendo um deles um adolescente de 17 anos, que foi apreendido no sábado junto com Denilson Santos Vera, 18 anos, o “Dim”, no bairro dos Minérios. “O que mais causa espanto é que quem cortou o pescoço foi o menor”, diz o investigador Valmir Souza Franco, que foi quem recebeu uma ligação anônima sobre os acusados e o paradeiro deles e saiu em diligência com os policiais Abraão e EPC Alexandre
Ao serem encontrados, Denilson e o menor foram flagrados vendendo drogas e, por essa razão, também deverão responder por mais esse crime. Aos policiais, eles confessaram o bárbaro assassinato e mostraram o local onde corpo de Wendel foi abandonado: atrás da Escola Fernando Pessoa, no bairro dos Minérios. Wendel estava desaparecido desde a noite do dia 3 deste mês. Com a circulação do vídeo do assassinato pelas redes sociais, foi reconhecido pela própria mãe, que procurou a Delegacia de Polícia para fazer boletim de ocorrência.
Leia mais:Outros dois homens já foram identificados por envolvimento no crime. Um deles é Nelson Ferreira da Silva, o “Parauapebas”, que foi preso no último dia 4. O quarto suspeito, de prenome Jardel, conhecido como “Lulu”, ainda está foragido. Os investigadores chegaram a ir à casa dele, para prendê-lo, mas ele conseguiu fugir.
Pelo o que apurou a Polícia Civil até agora, Wendel faria parte do Comando Vermelho e estaria vendendo drogas no bairro dos Minérios. “Há uma rivalidade. O PCC, conforme a facção, diz que o bairro dos Minérios é do PCC. Então, eles não aceitam outra facção ali”, diz o investigador Walmir Franco.
Denilson alegou à reportagem que não participou diretamente do ato criminoso. Contou que a colaboração dele foi a de chamar Wendel para fumar maconha. “Só corro junto com os caras”, disse o acusado. Mas a polícia não tem dúvidas da participação de “Dim”. Ele e o menor terão suas custódias requeridas à Justiça pelo homicídio enquanto as investigações tentam localizar Jardel. (Com informações de Ronaldo Modesto)