A Human Rights Watch (HRW), organização de defesa dos direitos humanos, afirmou nesta quinta-feira (19) em um relatório que Israel matou milhares de palestinos na Faixa de Gaza ao privar o acesso a água potável. Segundo a organização, a privação se configura legalmente como atos de genocídio e extermínio, informou a agência de notícias Reuters.
Segundo a agência, o relatório cita declarações de alguns altos funcionários israelenses que, segundo o HRW, sugerem que eles “desejam destruir os palestinos”, o que significa que a privação de água “pode configurar o crime de genocídio”.
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“O que encontramos é que o governo israelense está matando intencionalmente palestinos em Gaza ao negar-lhes a água necessária para sobreviver”, disse Lama Fakih, diretora do HRW para o Oriente Médio, durante uma coletiva de imprensa.
O Human Rights Watch é o segundo grande grupo de direitos humanos em um mês a usar a palavra genocídio para descrever as ações de Israel em Gaza. Antes, o Amnesty International publicou um relatório concluindo que Israel está cometendo genocídio no território palestino.
A Convenção sobre Genocídio de 1948, promulgada após o massacre de judeus no Holocausto nazista, define o crime de genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
O relatório de 184 páginas do Human Rights Watch afirmou que o governo israelense parou de bombear água para Gaza, cortou a eletricidade e restringiu o combustível, o que impediu o uso das próprias instalações de água e saneamento do território.
A campanha de Israel no território palestino matou mais de 45 mil pessoas, deslocou a maior parte da população de 2,3 milhões de pessoas em Gaza e reduziu grande parte do local a escombros. A ofensiva começou após o Hamas matar 1,2 mil pessoas e levar mais de 250 reféns em 2023.
(Fonte:G1)