Em dois dias, dois bloqueios diferentes. Três comunidades da Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, bloquearam a Estrada de Ferro Carajás (EFC) na quarta-feira, 24, depois liberaram após diálogo com representantes da mineradora Vale, mas nesta quinta-feira, 25, voltaram a interditar a passagem de trens.
A Reportagem do CORREIO pediu informações à Vale, que enviou uma nota no início da noite de quinta-feira, detalhando o ocorrido, inclusive com a cronologia dos fatos. Por volta de 8h30 desta sexta-feira, 26, o bloqueio permanecia à altura da Terra Indígena Mãe Maria. Leia abaixo:
“A Estrada de Ferro Carajás foi novamente interditada hoje, 25, por indígenas integrantes de três aldeias da Comunidade Gavião Parkatejê, da Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins (PA). Ontem, quarta-feira, a ferrovia já havia sido bloqueada por um período pelo grupo de indígenas no mesmo trecho. Este bloqueio está impedindo a circulação diária de 1.800 pessoas que utilizam o Trem de Passageiros na alta temporada e, também, a movimentação de cargas, incluindo o combustível que abastece o sul e sudeste do Pará.
Leia mais:A Vale repudia o ato arbitrário e ilegal praticado e informa que já obteve liminar do Poder Judiciário favorável à continuação plena de suas atividades. As obrigações assumidas pela Companhia, previstas no atual acordo de relacionamento com os indígenas integrantes da TI Mãe Maria, estão em dia.
A empresa continua dialogando com os ocupantes da linha férrea, a fim de restabelecer a operação e a retomada do Trem de Passageiros.
Ainda ontem, ao tomar conhecimento do bloqueio da ferrovia, a empresa comunicou o cancelamento da viagem, por mensagem automática, aos usuários que tinham passagem marcada para os dias 25 e 26/7 e que disponibilizaram contato no momento da compra do bilhete. Mais informações relacionadas a reembolso ou remarcação de passagem podem ser obtidas no Alô Vale (0800 285 7000).
A Vale lamenta os transtornos e continuará informando sobre este assunto por meio de seus canais oficiais”.
A pauta não foi informada à Reportagem do CORREIO pela Vale, muito menos pela comunidade indígena.
(Ulisses Pompeu)