Durante o programa britânico This Morning, da ITV, uma mulher chamada Kelly Anderson revelou ter gasto US$ 25 mil – o equivalente a R$ 117.500 – na clonagem de sua falecida gata. A tutora, de 32 anos, disse acreditar que o pet era a sua “alma gêmea” e que ficou perturbada quando Chai, então com 5 anos de idade, morreu em 2017.
Na conversa com os hosts Alison Hammond e Dermont O’Leary, ela disse: “Eu a perdi muito jovem, então, quando ela faleceu, lembrei-me de uma conversa que tive com minha colega de quarto sobre clonagem”. Kelly entrou em contato com uma empresa de serviço de clonagem e preservação de DNA e foi assim que surgiu Belle, uma gata geneticamente idêntica à Chai.
A entrevista acontecia com a presença do novo pet, que estava no colo de Kelly. De acordo com a tutora, o processo de clonagem levou quatro anos – um tempo que “definitivamente valeu a pena esperar”.
Leia mais:Como funciona?
Para clonar um animal, a empresa escolhida por Kelly requer ao menos duas amostras de pele para coletar o DNA. Geralmente, elas são retiradas da barriga ou do interior da perna do bicho.
Essas amostras são então resfriadas com bolsas de gelo e enviadas para um laboratório, onde são colocadas em uma incubadora e as células começam a crescer.
Dentro de duas a quatro semanas, surgem ali milhões de células. Elas então são colhidas e colocadas em frascos, que são congelados em tanques de nitrogênio líquido.
Esta preservação genética custa US$ 1.600, seguidos por uma taxa anual de US$ 150 para armazenamento.
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Já na próxima etapa da clonagem, um óvulo doador é retirado de um animal doador e o seu núcleo é removido, para que não haja DNA. Acontece então a substituição por uma das milhões de células que foram cultivadas em laboratório.
O embrião é implantado em um animal substituto, que dá à luz gatinhos geneticamente idênticos ao gato original.
A clonagem de gatos na mesma empresa custa agora US$ 35 mil, enquanto o valor por cachorros é mais alto: US$ 50 mil. Isso acontece porque as cadelas entram no cio apenas uma ou duas vezes por ano, enquanto o ciclo reprodutivo de uma gata é muito mais frequente.
A tutora de Chai e Belle disse que, apesar do seu caso ter levado quatro anos, esse não é o tempo normal. Além disso, explicou que o recomendado é fazer a biópsia da pele enquanto o animal ainda está vivo, porque as células começam a morrer depois do falecimento do bicho.
Na entrevista, Kelly disse ainda algo muito importante: apesar de geneticamente idênticas, as gatas são seres distintos e que ela nunca esperou que Belle fosse Chai. Isso seria impossível, já que o comportamento e a personalidade de um ser vivo são definidas, também, pelo ambiente e pelas experiências vividas.
(Fonte: Revista Casa e Jardim)