O presidente da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Clima, Alok Sharma, disse hoje (12) que houve muitos avanços, sobretudo no financiamento, nas negociações que ocorrem em Glasgow e pediu aos países esforço final para um acordo.
Depois de duas semanas de discussões, os participantes cúpula devem aprovar, nesta sexta-feira, um texto final, no dia de encerramento da iniciativa mais importante para tentar controlar as emissões de gases de efeito de estufa e o aquecimento global.
Em entrevista prévia a um plenário de ministros dos Estados participantes, Alok Sharma falou dos esforços feitos durante a noite passada para um novo esboço de acordo, que inclui melhorias (em relação ao primeiro) nas previsões de financiamento dos países mais pobres.
Leia mais:Ele pediu aos representantes dos 197 governos que continuem as negociações no mesmo “espírito de colaboração” mostrado até agora, e garantiu que o processo de negociação está sendo “transparente”.
Sharma afirmou que há “um pequeno número de assuntos-chave” que terão de ser limados antes do texto final a ser apresentado no final da conferência, marcado para hoje, mas que pode ser adiado.
“Esta é a nossa oportunidade de forjar um mundo mais limpo, mais saudável e mais próspero”, disse, pedindo aos delegados de cada país “soluções pragmáticas e praticáveis”.
Os países estão buscando consenso nas medidas para limitar a 1,5 grau Celsius o aquecimento global durante este século em relação aos valores pré-industriais.
O projeto de conclusões discutido hoje apela para cortes mais rápidos nas emissões de gases de efeito de estufa, ajuda para os países mais pobres em relação a catástrofes naturais, e limites aos combustíveis fósseis.
Líderes políticos e milhares de especialistas e ativistas encerram hoje a participação na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), a fim de atualizar as contribuições dos países para a redução das emissões de gases até 2030.
A COP26 é realizada seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta de 1,5°C a 2°C acima dos valores da época pré-industrial.
Segundo a ONU, apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases de efeito estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração econômica provocada pela pandemia de covid-19. A organização estima que, se mantido o atual ritmo de emissões, as temperaturas serão, no fim do século, superiores em 2,7ºC.
(Agência Brasil)