Nesta sexta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia a Estimativa da População 2021 do Brasil, seus estados e municípios, com referência a 1º de julho, e a população paraense totaliza 8.777.124 habitantes. Marabá tinha 283.543 em 2020, segundo o mesmo IBGE e, agora, saltou para 287.664, um acréscimo de 1,43% ou 4.121 moradores a mais em ano de pandemia.
O Brasil chegou a 213.317.639 habitantes, e o Pará segue sendo o 9º estado mais populoso do país atrás de São Paulo (46.649.132), Minas Gerais (21.411.923), Rio de Janeiro (17.463.349), Bahia (14.985.284), Paraná (11.597.484), Rio Grande do Sul (11.466.630), Pernambuco (9.674.793) e Ceará (9.240.580). O estado menos populoso continua a ser Roraima (652.713).
Embora os números do IBGE sejam os oficiais, especialmente para elaboração de políticas públicas e distribuição de repasses constitucionais, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), as estimativas são vistas com desconfiança em vários municípios, sobretudo no Pará.
Leia mais:Para piorar, o atraso do recenseamento demográfico, que era para ter ocorrido em 2020, mas acabou sendo jogado para 2022 após seguidos cortes de orçamento para a operação e diante do desinteresse do Governo Federal em atualizar os dados demográficos do país, aumenta a pressão sobre os números das estimativas, que são calculadas a partir de inferências e tendências verificadas em censos anteriores.
A situação é muito delicada, de maneira que não são poucas as prefeituras que vão para a justiça contra as estimativas do IBGE, que, em alguns casos, diminuem a população de vários municípios por anos consecutivos pela tendência — mesmo, na realidade, o município crescendo visivelmente. Os dados das estimativas não levam em conta fatores como a migração do momento.
No Pará, alguns municípios são vítimas da “mania estatística” do IBGE, como Parauapebas e Canaã dos Carajás, cujas populações são projetadas para muito aquém da realidade, assim como ocorre em Itaituba, Altamira, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Em Jacareacanga, o IBGE diz haver apenas 6.952 habitantes, mas o que vale é o número que o município mantém por meio de liminar na justiça: 41.487 habitantes. Já o caso de São Félix do Xingu é o oposto: uma superestimativa que confere ao município 135.732 que ele jamais teve em decorrência de erros durante a coleta do censo 2010 e que se arrastam nas estimativas anuais — a população desse município nunca chegou a 100 mil habitantes.
Os mais e os menos
Dos 144 municípios paraenses, seis já têm mais de 200 mil habitantes e 18 já passaram da casa dos 100 mil. Isso não quer dizer, no entanto, que as cidades propriamente dito tenham essa população. No Pará, há, para a maioria das cidades, distância populacional considerável em relação ao todo, isto é, ao município, porque muitos destes ainda armazenam grandes contingentes de populações rurais. As estimativas anuais não fazem recorte da população por domicílio urbano e rural.
Os municípios mais populosos hoje, segundo o IBGE, são Belém (1.506.420 habitantes), Ananindeua (540.410), Santarém (308.339), Marabá (287.664), Parauapebas (218.787) e Castanhal (205.667). Na outra ponta, os nanicos são Faro (6.949), Santarém Novo (6.796), São João da Ponta (6.294), Sapucaia (6.088), Pau D’Arco (5.339) e o menor de todos, Bannach (3.239 habitantes). Confira a lista com a população de todos os municípios paraenses em 2021! (Fonte: Blog do Zé Dudu)