Correio de Carajás

Polícia Militar de Parauapebas é a que mais prende no Pará

23º Batalhão da Polícia Militar realizou 2.353 apresentações de criminosos em 2020, maior número do estado do Pará

Desde a chegada do tenente-coronel Gledson Santos ao comando da 23º Batalhão da Polícia Militar, em Parauapebas, em janeiro de 2019, a unidade se tornou referência em âmbito estadual. O líder da polícia no município comemora os bons números e exalta os agentes no combate à criminalidade, principalmente contra o tráfico de drogas.

Em 2019 o 23º BPM conduziu 2.714 pessoas à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, maior número em todo o estado do Pará. O número superou por mais de 500 apresentações o 33º BPM, de Bragança.

Em 2020 a história se repetiu e o 23º BPM chegou às 2.353 apresentações, liderando o estado mais uma vez. O segundo lugar ficou com o 15º BPM, de Itaituba, que realizou 1.507 apresentações de suspeitos de crimes, mais de 800 a menos que os militares de Parauapebas.

Leia mais:

Em entrevista ao Portal Correio de Carajás, o comandante afirmou que um dos principais motivos de Parauapebas ser há dois anos líder no número de conduções de criminosos no estado é o comprometimento do batalhão com a função da polícia, não dando margem para a corrupção.

“Esses números refletem o índice de corrupção entre os agentes de segurança. O número de cidadãos apresentados pela tropa é sinal de que ‘o jeitinho brasileiro’ de se escapar da prisão, através de troca de favores, não existe por aqui, e se existe não tenho conhecimento. Isso mostra o grau de profissionalismo e capacidade técnica”, comentou, ao exaltar a honestidade e comprometimento dos servidores.

Comandante Gledson Santos exaltou alta capacidade técnica dos servidores do 23º BPM/Foto: Ronaldo Modesto
Comandante Gledson Santos exaltou alta capacidade técnica dos servidores do 23º BPM/Foto: Ronaldo Modesto

COMBATE AO TRÁFICO

O tenente-coronel também comentou que o número de apresentações em 2021 é grande, visto o aumento da ação de organizações criminosas em Parauapebas. O combate ao tráfico de drogas tem se tornado ponto focal das ações do 23º BPM e o oficial comentou as situações que atraíram um contingente de criminosos ao município que, segundo o comandante, possui peculiaridades que justificam essa atração.

“Somos um município diferenciado em questão de valores; aqui a população flutuante é muito grande e esse desenvolvimento municipal chama muitos malfeitores, que sabem que o fluxo de dinheiro por aqui é intenso. Estes malfeitores vêm para cá cometer crimes, e nossa tropa está ciente dessas peculiaridades de Parauapebas”, declarou Gledson Santos, relacionando o tráfico de drogas com outros crimes como homicídios, assaltos e furtos.

Desde a chegada dele ao 23º BPM, foi evidenciado um significante aumento na quantidade de entorpecentes apreendidos: foram apenas 2,64 quilos de drogas retidas pela PM em 2018. Este número saltou para 80,43 quilos em 2019, início da gestão do comandante em Parauapebas, e se manteve em alta em 2020, quando foram 56,98 quilos apreendidos.

O tenente-coronel comentou sobre a Operação Polícia Mais Forte, que tem o intuito de intensificar o policiamento nos bairros onde a PM reconhece maior fluxo de crimes entre 18h e 23h. “São cinco viaturas que, nesse horário, se deslocam aos bairros, seguindo um planejamento. Explicamos para a tropa porque ela está naquele local, para que nossos agentes tenham ciência da importância deles na diminuição desses índices [de criminalidade]”, explicou.

Por fim, também exaltou o trabalho preventivo realizado pelo 23º BPM no combate aos assaltos à bancos, ocorrência que não foi registrada no município desde que ele assumiu o comando do batalhão.

“Temos pontos sensíveis em relação à de quadrilhas que atentam contra bancos. Contamos com o esforço e a inteligência da tropa, e quando temos um informe de movimentação de quadrilha, chegamos a esses pontos sensíveis, em Eldorado do Carajás e Canaã dos Carajás, onde esses meliantes costumam iniciar o trabalho. Nesse momento, o Grupo Tático Operacional (GTO) e a Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM) são deslocados para fazer o trabalho de prevenção”, explicou. (Juliano Corrêa – com informações de Ronaldo Modesto)