Correio de Carajás

Começa hoje a vacinação da população sem prioridade

Primeiro público é acima de 50 anos, neste sábado e, amanhã, os acima de 45 anos, sem comorbidades.

O dia deverá ser de muito movimento neste sábado nos dois postos de Vacinação, em Marabá/Foto: Divulgação

Um mutirão de dois dias vai marcar o momento tão esperado pelos marabaenses: o início da vacinação contra a covid-19 dos adultos em geral fora do grupo de prioridades ou comorbidades. Este sábado, dia 19, será dedicado as pessoas com mais de 50 anos e, já no domingo, dia 20, as que tenham mais de 45 anos. É importante ficar atento às datas e faixas etárias, alerta a Prefeitura de Marabá.

É importante frisar, ainda, que o interessado deve comparecer munido de seus documentos: RG, CPF, comprovante de residência, Cartão SUS, declaração para vacinação da covid-19. Esta última, aliás, deve ser baixada no site da Prefeitura, preenchida de impressa.

Os postos de vacinação neste sábado e domingo serão apenas dois: Carajás Centro de Convenções – Nova Marabá e Uepa – Núcleo Cidade Nova. O colégio Anísio Teixeira não será opção nestes dois dias por ser local de prova do Concurso da Polícia Civil. O atendimento será das 8 às 17 horas.

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É bom frisar, como apurou o Correio de Carajás, que é importante as pessoas das duas faixas de idade comparecerem no dia correto, uma vez que na segunda e terça-feira (21 e 22) os postos vão estar dedicados apenas a aplicação de segunda dose de idosos, ou seja, não vão aceitar retardatários.

AVANÇO DA VACINAÇÃO

Um estudo realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) constatou que o avanço da imunização contra a Covid-19 no Pará resultou na queda de 45% no número de óbitos de idosos acima de 70 anos. Os dados foram divulgados durante a reunião do Comitê Científico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), na noite desta quinta-feira (17). O Comitê avalia o cenário da pandemia no Pará.

“Nós tivemos, no geral, uma queda de óbitos, mas nos idosos tivemos a vacinação com a primeira e segunda doses. Então, se eles adoeceram não tiveram a mesma gravidade, e com isso, felizmente, não estão ocupando leitos de UTI. Hoje, a maioria dos leitos está sendo ocupada por mais jovens, que ainda não tiveram chance de se vacinar. Quando comparamos os picos da primeira com a segunda onda, a partir da idade de 70 anos, que já tinha recebido a primeira dose, tivemos uma redução acima de 45% de óbitos. Esperamos que o mesmo aconteça daqui pra frente com a ampliação da vacinação das outras idades”, explicou Marcel Botelho, reitor da Ufra.

INTERNAÇÃO

O reitor também destacou que a imunização da população diminui a probabilidade de internação, pois em geral não desenvolve a forma grave da doença. “Quando você olha a ocupação de leitos de UTI para a população mais velha, ela caiu muito em relação à primeira onda, quando tivemos essa faixa etária ocupando leitos de UTI, e vindo a óbito”, completou.

Para Rômulo Rodovalho, secretário de Estado de Saúde Pública, o estudo indica que a vacinação foi eficaz entre os idosos, e que os demais públicos precisam continuar com as medidas de segurança. “Na reunião do Comitê pudemos perceber que, no estudo, que leva em consideração a aplicação da vacina, as pessoas com mais idade, a partir dos 60 anos, já não formam mais o público que vem ocupando os leitos da rede estadual. Isso evidencia que vacina é o caminho para vencer a pandemia. Mas também traz um recado para o público abaixo dos 60 anos, que ainda precisa se cuidar e seguir os protocolos. Todos precisam fazer a imunização e se cuidar”, ressaltou. (Da Redação)