Após a repercussão do caso de Samara Monteiro, que foi parar na delegacia por tentar vender tijolos – que não eram seus – outras vítimas procuraram o Correio de Carajás para denunciar situações semelhantes. Entre elas, Bárbara Nascimento da Silva decidiu conceder entrevista para relatar o seu caso, onde diz que foi vítima de Samara Monteiro ao tentar comprar telhas usadas por um preço mais em conta.
A vítima conta que no dia 4 de dezembro de 2020, havia visto um anúncio de Samara no grupo de vendas Bazar Marabá, no Facebook, onde divulgava a comercialização de um milheiro de telhas por R$ 400,00. Nisso, decidiu entrar em contato com a suposta vendedora. “Estava precisando das telhas”, conta.
Ambas fecharam negócio por WhatsApp e Bárbara informou que mais tarde iria ao local com um frete para buscar o material de construção, na Rua Pedro Marinho, no Bairro Independência.
Leia mais:Mas, ao chegar ao local, a vítima percebeu algo estranho. Um rapaz, que também fora vítima de Samara, estava no endereço fazendo a retirada de alguns tijolos que teria comprado com Samara. Nesse momento, os donos dos materiais chegaram e questionaram o que acontecia.
Após os esclarecimentos e todos se derem conta do golpe de Samara, Bárbara decidiu ir até a Delegacia de Polícia Civil para prestar queixa. “Registrei o Boletim de Ocorrência e em meados do fim de janeiro me chamaram para fazer o reconhecimento, depois de a terem localizado. Eu tinha entregado os 400 reais pessoalmente a ela”, relata Bárbara.
Depois disso, a vítima foi informada, na Polícia Civil, que Samara iria para audiência de custódia e um juiz decidiria se ela responderia em liberdade ou não. “Nunca mais tive notícias do caso”, completa.
Até que na sexta-feira (12), Bárbara leu a reportagem do Correio de Carajás sobre Samara ter ido parar na delegacia e sentiu-se aliviada, pois imaginava que finalmente a justiça havia sido feita.
Porém, ela teve uma surpresa ao ler em um outro portal de notícias que Samara se dizia vítima de fake news. “Como ela pode ter sido vítima? Se aplicou golpe em mim e no outro rapaz?”, indaga Bárbara.
Revoltada, a vítima pede justiça, tendo em vista que a suposta estelionatária continuaria aplicando golpes. “Eu queria que ela fosse exposta para todos conhecerem o seu rosto e ninguém mais fosse vítima, como eu fui”, pede Bárbara. (Zeus Bandeira)