Pelo menos duas vezes ao ano, moradores de Eldorado dos Carajás pegam a estrada em direção a Marabá para cumprir com o ato de responsabilidade social que é doar sangue de forma voluntária. E neste sábado (06) mais de 80 doadores deixaram o estoque do hemocentro mais cheio de vida e esperança.
“Sempre que necessário, nós mobilizamos as pessoas de Eldorado e trabalhamos a conscientização sobre fazer a doação. E estamos dispostos a ajudar ao outro que está esperando por uma transfusão”, disse Antonio Barreto, produtor rural e um dos voluntário do “Grupo Vida” de Eldorado dos Carajás.
O cenário de pandemia ainda afeta diretamente o movimento nos centros de coleta de sangue do Hemopa em todo o estado. Por isso as estratégias de captação de doadores, com o fomento das “Caravanas Solidárias”, é importante para o reabastecimento das bolsas de sangue.
Leia mais:“Todos os dias é uma batalha. Mesmo com a pandemia, ainda temos nossos pacientes doentes, que precisam de transfusão, pacientes acidentados gravemente, pacientes de cirurgias emergenciais, enfim. A necessidade de transfusão de hemocomponentes é diária e não para. E por isso pedimos a presença de todos que estão saudáveis e podem fazer a doação de sangue”, destacou Paulo Bezerra, presidente da Fundação Hemopa.
Neste mês de fevereiro, o Hemocentro Regional de Marabá vai abrir também aos sábados, das 7h às 15h, para atender aos voluntários que não conseguem comparecer nos dias de semana. A unidade fica na avenida Frei Vicente, 696, entre as Alamedas 30 e 31 (Aeroporto Velho). Para mais informaçõs há o telefone: (93) 3524-7550.
Ação externa
Ainda como parte das estratégias de captação de doadores, a Fundação Hemopa realizou mais uma ação no Shopping Metrópole Ananindeua, na BR-316, Região Metropolitana de Belém (RMB). Os moradores do entorno compareceram e registraram mais 98 novas bolsas de sangue para o estoque do Hemopa, além de seis novos cadastros ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea.
Regina Rodrigues de Sousa, 37 anos, é assistente social e conta, emocionada, que da primeira vez que tentou doar para um ente querido não conseguiu por estar anêmica. E desde então, cuida da saúde para poder ser uma voluntária presente na doação de sangue. “É como se eu tivesse doando um pouquinho de mim, de vida, para outras pessoas. Quando venho doar sempre trago mais duas ou três pessoas para doar junto”.
As parcerias com empresas públicas e privadas são essenciais para a disseminação da mensagem sobre a importância da doação de sangue para a sociedade. Os shoppings, como centro comerciais de grande circulação, desenvolvem bem este papel.
“Doar sangue não é só uma maneira de exercer a cidadania, mas também uma das principais formas de ajudar a salvar vidas. Em especial nesse momento de tanta apreensão na área da saúde. Estar de portas abertas para o nosso público significa colaborar de forma ativa com toda a ação de impacto social”, destacou Marcelo Spinelli Reuters, gestor de Marketing e Comunicação do shopping Metrópole Ananindeua.
A doação de sangue é um ato simples, basta ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal), pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde e apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho).
Quem já teve Covid-19 deve esperar 30 dias após a cura para doar, e quem manteve contato com pessoas infectadas pelo novo coronavírus deve esperar 14 dias após o contato.
Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantã, são 48 horas de inaptidão para doação de sangue, após cada dose. Já a vacina AstraZeneca/Fiocruz, são sete (7) dias após cada dose. Se o candidato à doação de sangue não souber qual imunização fez, só poderá voltar a doar sangue, após sete (7) dias. (Agência Pará)