Durante a carreata desta segunda-feira (1º), Lucio Gomes de Oliveira, o pai de Wasnor Gomes Neto, desmentiu os boatos que circulam por Marabá sobre uma possível vingança da família contra Artur Lima Gonçalves, investigado como causador do acidente que tirou a vida de filho e da neta.
A carreata saiu do Posto Fazendão, próximo ao aeroporto, e retornou para o local, passando pela BR-230 e adentrando algumas Folhas da Nova Marabá.
Em entrevista ao Portal Correio, Lucio informou que não há sentimento de vingança contra Artur, reafirmando que já conversou com o vereador Márcio do São Félix, pai do investigado, e que este oferece apoio.
Leia mais:“Ele [Artur] está perdoado, porém a justiça do nosso judiciário deve ser feita. Foram três vidas perdidas. Agora, essa justiça com as próprias mãos não existe, não trará a vida do meu filho e da minha neta de volta”, esclareceu Lucio.
O pai e avô das vítimas também manifestou revolta pelo valor da fiança arbitrada pelo juiz Marcelo Andrei Simão Santos, no valor de R$ 50.600,00. “São três vidas por esse preço, é o quanto vale para a justiça? Isso não está certo, é revoltante”, comentou Lucio.
A viúva de Wasnor Gomes Neto, Kelciane Costa, também estava na carreata e foi ouvida pela Reportagem, reforçando que o objetivo da manifestação é apenas pedir por justiça. “Não temos nada contra ele [Artur], apenas queremos que pague pelos crimes”, explicou.
Kelciane relembra que no dia do acidente, 17 de janeiro, ela seguia com o esposo e a filha almoçar na Vila Espírito Santo, porém, tudo acabou tragicamente. “Eu não estava olhando para a pista quando aconteceu, só me lembro do depois. Sempre que meu esposo estava em casa no final de semana nós almoçávamos fora”, recordou.
OUTRAS VÍTIMAS
A família de Valentina Miranda de Araújo Resende, de seis anos de idade, que faleceu instantaneamente no acidente, também se juntou à família de Wasnor para pedir justiça. Willian Farias é padrasto da menina e, extremamente revoltado, pediu a prisão de Artur.
“Aquele irresponsável veio totalmente embriagado e atropelou todos nós. Matou minha enteada. Que justiça é essa que solta uma pessoa por R$ 50.600,00? Quase perdi meu braço nesse acidente”, disse Willian.
Artur Lima segue respondendo ao processo em liberdade, enquanto o delegado que investiga o caso, William Crispim, convocou possíveis testemunhas que tenham visto o rapaz, antes do acidente, para depor. (Zeus Bandeira – Colaboração de Josseli Carvalho e Weliton Moreira)