José Edimar Rosa da Silva, o “Pezão”, 53 anos, acusado de assassinar a ex-mulher com oito facadas, foi submetido a julgamento na sexta-feira, 19, no Fórum da Comarca de Conceição do Araguaia, sul do Pará. A vítima, Rubervania da Conceição França, 39 anos, foi assassinada em 2009, na madrugada do dia 10 de abril, Sexta-feira da Paixão. O crime teria como motivação o descontentamento do réu com o término do relacionamento, que durou 23 anos.
Segundo testemunhas, após a separação definitiva, “Pezão” perseguia constantemente a ex-companheira insistindo em reatar a relação. O acusado e a vítima tiveram um casal de filhos, que eram adolescentes na época do crime, ocorrido na casa da vítima.
Após a barbaridade, o acusado desapareceu da cidade e esteve foragido até maio de 2015, quando foi preso em Ribeiro Gonçalves-PI, portando documento de identificação falsificado – se apresentava como “José Reinaldo Rodrigues Soares”.
Após ser recambiado do Piauí para o sistema prisional do Estado do Pará, “Pezão” ficou recluso até 2020, quando foi solto depois de cinco anos de detenção, devido à inviabilidade de se realizar o júri, em razão das circunstâncias impostas pela pandemia de covid-19. A defesa alegou que o acusado não teria “plena consciência dos seus atos”, versão contrariada pelos laudos psiquiátricos, conforme observou a promotora Cremilda Aquino, durante o julgamento, assistido por uma expressiva plateia, inclusive familiares da vítima e do réu.
Leia mais:O julgamento do crime durou cerca de seis horas, culminando com a condenação e a sentença de 15 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado – Art. 121 do Código Penal. A defesa tem até cinco dias úteis para recorrer. Conforme a decisão proferida pelo juiz César Leandro Machado, que conduziu o julgamento, o réu deixou o salão do tribunal conduzido pelos agentes policiais diretamente para a penitenciária para cumprir a condenação. (Delmiro Silva)