Há tantas críticas ao SUS e ao poder público de forma geral!
Sempre houve.
Mas agora, quando atravessamos uma pandemia nunca experimentada, pelo menos não por essa geração, ainda haverá alguém entre nós capaz de criticar nosso Sistema Único de Saúde?
Leia mais:Mesmo diante de centenas de milhares de mortes, aqueles que foram internados em UTIs, UCIs e nas enfermarias, que conseguiram sobreviver ao vírus, serão capazes de criticar ainda?
E nós, que caminhamos pelas filas burocráticas dos centros de convenções e escolas da vida, até injetar em nossos ombros a vacina contra a covid-19, sem tirar nenhum tostão do bolso (pelo menos não diretamente), emos nós de criticar o SUS?
O Brasil é um país em que sete em cada dez pessoas não têm plano de saúde. Como viveríamos sem um Sistema Único de Saúde?
Por outro lado, o que dizer de nossa Caixa Econômica Federal, banco estatal que não existe, neste formato, em nenhum outro lugar do mundo, que foi capaz de viabilizar boa parte da operacionalização das políticas públicas neste período de pandemia?
Não fosse a Caixa, quanto custaria aos bancos privados para atender a enxurrada de auxílios emergenciais?
Teriam estrutura para toda essa demanda?
Como seria o tratamento dos bancos com os desempregados?
Atente-se para a importância disso. Bancos não gostam de gente. Talvez nem a Caixa goste, mas é obrigada a gostar, porque nos pertence.
Seremos nós, ainda, capazes de abrir a boca para falar em “estado mínimo”?
Espero que não.