Correio de Carajás

Violência Doméstica: Crime continua em alta em Marabá

Na noite da última quinta-feira (3), no Bairro Araguaia, periferia da Nova Marabá, policiais militares foram acionados pelo Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190) para atender a mais um caso de violência doméstica na cidade. O acusado foi preso e autuado em flagrante. Trata-se de Jeremias Gomes Silva. Na manhã de ontem ele foi encaminhado à Central de Triagem de Marabá.


Jeremias Silva é acusado de agredir a própria companheira, por isso foi preso / Foto: Evangelista Rocha

De acordo com informações prestadas pelo delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, a vítima – cuja identidade será preservada – apresentava lesões no rosto devido a um soco que ela levou do companheiro, conforme ela mesma relatou aos militares.

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Ainda segundo o delegado Vinícius Cardoso, inicialmente o acusado Jeremias impediu que os militares entrassem na casa, mas por se tratar de uma situação de flagrante, os homens da lei entraram na marra e capturaram o acusado, levando-o para a Seccional, onde ele foi autuado em flagrante por lesão corpo no âmbito da violência doméstica.

Perguntado sobre essa situação de violência doméstica, cujos casos têm ocorrido com muita frequência em Marabá desde as festas de final de ano, principalmente, o delegado observou que lamentavelmente a cultura da violência doméstica ainda persiste. “No entanto, essas prisões efetuadas simbolizam que as vítimas estão se encorajando em denunciar seus agressores e que a polícia vem adotando providências. Esses indivíduos estão sendo presos e processados”, relata.

O policial observa que durante muito tempo havia, por parte das vítimas de agressão, temor de as autoridades não darem credibilidade às denúncias, mas com a mudança da legislação, com o advento da chamada Lei Maria da Penha, a pena e os procedimentos se asseveraram bastante.

No ano passado mais de 12 pessoas acusadas de violência domésticas foram sentenciadas. “Aquele ditado de que ‘em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’ acabou”, explica o delegado, acrescentando que esse tipo de crime não é mais de competência privada, de modo que a polícia pode agir mesmo que a vítima não denuncie o caso. (Chagas Filho)