Correio de Carajás

Inquérito apura depredação e agressão na Velha Marabá

Circula pelas redes sociais – em vários grupos de WhatsApp – um vídeo onde pessoas depredam um veículo e agrediam o condutor que está no interior do automóvel (um Fiat Uno). A multidão só é dispersada quando um policial militar chega ao local e dá dois tiros de advertência. O caso se registrou na Travessa Calixto Yagui, também chamada de “Beco do Morcegão”, na Marabá Pioneira, e a Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar os crimes de danos e lesão corporal sofridos pelo condutor do veículo.

Quem confirma é o delegado Ivan Pinto da Silva, que estava saindo do plantão naquele dia, quando por volta das 6h da manhã atendeu o dono do Fiat, que apresentava lesões leves, mas não sabia quem eram os agressores porque ele estava bêbado e bastante desorientado.

O motorista – que terá sua identidade preservada por estar temendo represálias – confirmou que, ao tentar passar pelo beco, esbarrou em duas motos, cujos proprietários já foram agredidos. Por esse motivo ele foi agredido por alguns populares que não necessariamente são os donos das motos, pois isso ainda será apurado.

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A novidade no caso é que ontem, sexta-feira (4), o condutor do Fiat voltou à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil portando a identificação de um dos elementos que o agrediram e aparece no vídeo. Diante disso, o delegado Ivan Pinto da Silva confirmou que será aberto inquérito policial para apurar os crimes de danos ao patrimônio e lesão corporal, e que o acusado de agressão e as demais pessoas identificadas que participaram de alguma forma do ato serão ouvidas pela Polícia Judiciária.

O fato estranho dessa ocorrência, que teve envolvimento da Polícia Militar para dispersar os agressores, inclusive com tiros para o alto de advertência no momento mais crítico da ação, não tem registro junto à própria PM. Repórter do CORREIO esteve no quartel do 4º BPM e os oficiais disseram desconhecer o ocorrido. (Chagas Filho)

SAIBA MAIS

As penas para os crimes de dano e lesão corporal variam de seis meses a três anos de detenção, segundo prevê o Código Penal Brasileiro.