Correio de Carajás

Vini Jr. “y nada más”

Foto: Carl Recine/Reuters

Nesse grande momento vivido por Vinícius Jr., do Real Madrid, é inevitável a comparação com Neymar, o grande craque desta geração.

É óbvio que Neymar dispõe de mais qualidades técnicas que Vini. Ele dribla melhor, passa melhor e finaliza melhor. Mas calma!

Vini é hoje, de longe, o jogador com maior capacidade de definir partidas em alto nível. Não à toa, foi eleito o craque da Champions League, maior competição de clubes do planeta, que fica atrás apenas da Copa do Mundo.

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Fez o que fez no meio de feras como Mbappé (seu novo companheiro de clube), De Bruyne, Haaland…

Vini Jr. repete a história do menino pobre da favela, que é alçado ao topo graças ao futebol. Apesar de repetida, não é uma história fácil de ser escrita.

Para além do futebol, ele ainda foi colocado à prova em meio ao racismo estrutural, que é elemento comum no Brasil e mais ainda na Espanha. Não se calou; ao contrário, “tretou”, enfrentou, driblou o racismo, colocando sua cara à tapa.

Poderia ter desistido, ter sucumbido, ter aceitado as ofensas e o menosprezo. Mas escolheu enfrentar e venceu… pelo menos até aqui.

A depender do que ocorrerá nos próximos meses, ele pode ser eleito o melhor jogador do mundo. Por enquanto, não há desculpas para que outro nome ganhe a bola de ouro.

Quanto aos que vão votar no prêmio de melhor do mundo, cabem-lhes duas opções: aceitar os fatos ou fingir que a Champions não aconteceu.

Quanto a Neymar, ia me esquecendo: ele agora aparece com medalha de campeão “Sauditão”, gabando-se por ter vencido sem jogar, lembrando-se dos tempos de escola em que só colocava o nome no trabalho que os outros colegas faziam.

Ah! O menino de 32 anos apareceu também se envolvendo em polêmicas com uma atriz que já saiu da mídia há tempos; e o pior: ele está na contramão da opinião pública, pois apoia um projeto para privatizar praias brasileiras.

Este é Neymar, um cara tão pobre, mas tão pobre, que só consegue ter dinheiro.

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.