Marabá receberá a visita do vice-presidente da República, o general da reserva Hamilton Mourão, na próxima segunda-feira, dia 8 de junho, para o encerramento da atual fase dos trabalhos da Operação Verde Brasil 2. Ele vem na condição de coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que está à frente das operações.
Além do general, a comitiva será composta pelos demais membros do conselho, entre eles ministro de Estado. A Seção de Comunicação Social da 23ª Brigada de Infantaria de Selva confirmou ao Correio de Carajás, a visita, ao mesmo tempo que informou que acontecerá uma entrevista coletiva do vice-presidente na cidade, sobre a Verde Brasil 2, mas que o horário e local ainda serão confirmados ao longo da semana.
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A Operação Verde Brasil 2 é destinada ao combate ao desmatamento e a outras atividades ilegais na Amazônia. Com o emprego de 3,8 mil militares das Forças Armadas, e ao custo de R$ 60 milhões, a ação ocorre, inicialmente, até o dia 10 de junho em Marabá (PA), em Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT). Participam também 270 agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
Mourão adiantou que esse tipo de operação será realizado todos os anos, até 2022, quando termina o governo do presidente Jair Bolsonaro. “Não é uma operação sazonal, nós vamos levar isso até o final desse período de governo no intuito de reduzir essas práticas ilegais que vêm ocorrendo ao longo dos últimos tempos”, disse o vice-presidente, referindo-se a práticas que incluem também a exploração ilegal de madeira, minérios e outros recursos federais.
O emprego das Forças Armadas foi definido por meio de decreto do presidente Jair Bolsonaro em maio. O ato autorizou a atuação dos militares em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia. Eles participam de ações preventivas e repressivas na faixa de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas União situadas nos estados da região.
O vice-presidente reconheceu que “esse não é o melhor emprego das Forças Armadas”, mas disse que é a melhor alternativa ante o déficit de fiscais do Ibama e do ICMBio. Segundo ele, a meta até 2022 é reduzir o desmatamento até 20% na região, índice tolerado pela legislação brasileira.
“Nós temos de estar preparados para impedir que a queimada ocorra exatamente porque nós não queremos que o Brasil seja colocado para o restante do mundo como um vilão do meio ambiente”, afirmou o general. “Nós não somos isso, e queremos deixar claro o nosso compromisso com a proteção, a preservação e a busca do desenvolvimento sustentável na Amazônia”. (Da Redação)