Estrada que abrange grandes vilas rurais do município de Marabá e por onde passam muitos caminhões diariamente, a Estrada do Rio Preto voltou a ser debatida na sessão desta terça-feira, 23 de junho. Os vereadores questionaram pontos importantes sobre a situação da estrada e as ações que devem ser desenvolvidas visando evitar acidentes, como os que ocorreram no ano de 2019, até com vítimas fatais, e melhorar o tráfego das pessoas, visto que nessa época a poeira toma conta do trecho.
O vereador Tiago Koch, que é morador da região, disse que está apreensivo sobre a condição da Estrada do Rio Preto. “O volume de carretas é alto. Peço que seja reforçada a fiscalização do DMTU às segundas-feiras, porque está havendo muitas denúncias de carretas rodando nesse período e a lei vigente era que não deveria ocorrer tráfego de carretas entre 6 da manhã às 18 horas. Isso foi um acordo entre a Câmara, Prefeitura e a empresa mineradora”, destaca.
Tiago ainda disse que algumas questões acordadas não foram cumpridas. “O rebaixamento de ladeiras e recuperação da estrada em 35 km mais críticos foram cumpridos pela Buritirama. Porém, outras questões precisam avançar: reforço e ampliação do sistema de abastecimento de água da Vila União; construção de uma quadra na Vila União; e aplicação do polímero para o combate à poeira; tudo isso até agora nada. Podemos ter problemas como que tivemos no ano passado e, infelizmente, pessoas poderão perder a vida”, criticou.
Leia mais:Explicou que está em curso licitação para projeto de asfaltamento das vilas, e a empresa entraria com 50% do recurso. “É importante de que a empresa esteja ciente para participar”.
O vereador Ray Athie confirmou que o assunto foi discutido em uma reunião com o prefeito Tião Miranda, e que na ocasião ele, Athie, se posicionou de que as empresas mineradoras tiram riquezas de Marabá e nada deixam.
Alecio Stringari, que também é morador da região do Rio Preto, mais especificamente na Vila Capistrano de Abreu, expressou que é muito difícil que a empresa mineradora arque com os 140 km previstos no projeto para asfaltamento daquela estrada. Para ele, é preciso buscar a parceria do Governo do Estado, junto ao Governo Federal e, ainda, apoio da Buritirama e Vale. “Estamos na iminência de que ocorram acidentes graves nessa estrada. Só com caminhões pipas não iremos resolver o problema. Tem muitas carretas que transitam também, não é só a Buritirama. Os caminhões pipas não atendem à demanda. O comprometimento da empresa deve ser honrado com os compromissos que assumiu ainda no ano passado”, adverte Stringari.
Alecio recordou que o início de todo o projeto de asfalto da Estrada do Rio foi ainda em 2018, com a eleição do governador Hélder Barbalho para ter apoio e estrutura para a região. “Só vai acontecer o asfalto da estrada se formos buscar parceria. O município precisa estar inserido nisso. Por mais que existam limitações, sabemos que deve dar a contrapartida dele. O projeto do Executivo está pronto e precisamos buscar os parceiros”.
Ilker Moraes disse que acredita no projeto do asfaltamento da estrada, e que continuará articulando, junto ao Governo do Estado, pela execução do mesmo. O vereador cobrou que o prefeito Tião Miranda entre no debate e acredite nele. Segundo Moraes, não adiante a Câmara e os moradores quererem o asfaltamento, o Governo do Estado se sensibilizar, apontar para o projeto básico, a Buritirama se disponibilizar em participar e o gestor não topar nem discutir o tema. “O prefeito precisa dialogar com a sociedade. Podemos fazer, inclusive, um empréstimo para asfalto da Estrada do Rio Preto”.
Para o vereador Gilson Dias, os vereadores e a sociedade de Marabá precisam ter pensamento positivo e lutar pela a pavimentação da estrada rural mais importante da região. “Todos os atores têm de participar da discussão, tanto Governo Federal, Estadual e Municipal”, argumentou.